Dados fracos da China derrubam Ibovespa; dólar sobe forte
Atividade de serviços na China recuou para o menor nível em oito meses. Mau humor do mercado internacional se reflete no Ibovespa e no dólar
atualizado
Compartilhar notícia
Em um dia marcado pelo mau humor do mercado financeiro pelo mundo, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, abriu o pregão desta terça-feira (5/9) em forte queda, com os investidores repercutindo dados fracos da economia chinesa.
O principal destaque é a queda da atividade de serviços da China. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor, divulgado mais cedo, recuou de 54,1 para 51,8 pontos entre julho e agosto. É o menor patamar dos últimos oito meses e mais um sinal da desaceleração da segunda maior economia do mundo.
O efeito sobre a bolsa brasileira foi imediato. Por volta das 10h50, o Ibovespa recuava 0,67%, aos 117.098,81 pontos.
Na véspera, o índice fechou em baixa de 0,1%, aos 117,7 mil pontos. Mesmo com o resultado, o Ibovespa ainda acumula ganhos de 1,76% no mês e 7,33% no ano.
No cenário doméstico, as atenções se voltaram para a divulgação do resultado da produção industrial no país em julho, que veio abaixo das expectativas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial sofreu um tombo de 0,6% no mês passado.
A indústria brasileira, que vem patinando há muito tempo, acumula queda de 0,4% no ano e tem uma variação nula (0%) no acumulado de 12 meses. A média móvel trimestral teve recuo de 0,1%.
Dólar
O dólar operava em forte alta nas primeiras horas de sessão. Às 10h55, a moeda americana subia 0,87% e era negociada a R$ 4,978.
No dia anterior, o dólar teve queda de 0,12%, cotado a R$ 4,934. Com o resultado, acumula perdas de 0,32% em setembro e 6,51% em 2023.