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Dados do IPCA devem atrasar redução dos juros no país, diz economista

Para André Braz, do FGV Ibre, a inflação deu sinal de “estar bem no radar”, ao subir em todas as cidades e grupos pesquisadas pelo IBGE

atualizado

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Os dados divulgados nesta sexta-feira (12/5) sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, devem postergar a redução da taxa básica de juros do Brasil, a Selic, fixada em 13,75% ao ano pelo Banco Central (BC). A avaliação é do economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

À primeira vista, o IPCA de abril trouxe bons resultados. Ele desacelerou no mês passado, ficando em 0,61%, após subir 0,71%, em março, e 0,84%, em fevereiro. Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 4,18%. A mercado estimava, porém, que o índice avançaria apenas 0,54% no mês e 4,10% na comparação anual.

Mas não é só uma questão de expectativas. Braz observa que, dentro do IPCA, o índice de difusão de aumento de preços, que mede o percentual de produtos e serviços em alta no mês, alcançou 66%, em abril, contra 60%, em março. Além disso, todos os grupos de preços pesquisados, como saúde, vestuário e alimentação, subiram, assim como avançou a inflação em todas as cidades analisadas.

“Isso mostra que a inflação está bem no radar”, diz Braz, um dos mais respeitados especialistas sobre o tema no país. “Ela não está arrefecendo na velocidade que o Banco Central esperava. Isso deve atrasar uma redução da taxa de juros. Não acredito que ela possa acontecer em julho, por exemplo, como se especulava até recentemente.” Para o economista, se houver corte, ele virá só a partir de setembro.

“Bola de cristal”

O IPCA, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também não ficou abaixo das previsões do mercado, como havia afirmado a ministra do Planejamento, Simone Tebet, na manhã de terça-feira (9/5), ao participar de uma audiência pública no Senado. Na ocasião, ela disse: “Teremos uma surpresa. Sairá uma inflação um pouco menor do que a expectativa”. A “bola de cristal” falhou.

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