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CVM determina que Americanas forneça lista de acionistas a minoritários

O recurso apresentado pela Americanas contra a divulgação da lista foi rejeitado pelo colegiado, por unanimidade

atualizado

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Homem passa por fachada da loja Americanas em brasília - Metrópoles
1 de 1 Homem passa por fachada da loja Americanas em brasília - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou que a Americanas terá de entregar a lista completa de acionistas minoritários no âmbito de seu processo de recuperação judicial.

O recurso apresentado pela Americanas contra a divulgação da lista foi rejeitado pelo colegiado, por unanimidade. Os integrantes da CVM acompanharam o voto do presidente da autarquia, João Pedro Nascimento.

A ação que pedia a divulgação da lista por parte da Americanas foi apresentada pelo Instituto Ibero-Americano da Empresa, associação que reúne minoritários que se sentiram prejudicados pelo pedido de recuperação judicial da varejista.

O instituto fez o pedido de listagem de acionistas no dia 31 de maio deste ano, mas não foi atendido pela Americanas. De acordo com a CVM, é necessário que pelo menos 2% dos acionistas da companhia participem do processo de recuperação judicial.

Proteções contra credores prorrogada

Como noticiado pelo Metrópoles, a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro acolheu um pedido apresentado pela Americanas e prorrogou por mais 180 dias o período de proteção da varejista contra cobranças de credores.

Com a decisão judicial, seguem suspensas “todas as ações e execuções existentes contra o grupo”, assim como a “exigibilidade dos créditos concursais”, informou a Americanas.

O prazo adicional começa a valer a partir do encerramento do “stay period” – período de proteção concedido a uma empresa em recuperação judicial.

No caso da Americanas, esse período teve início no dia 19 de janeiro deste ano, quando o pedido de recuperação judicial da companhia foi aceito pela Justiça.

Crise na Americanas

A Americanas está em recuperação judicial após a crise desencadeada em janeiro, quando foi descoberto um rombo contábil bilionário nos balanços da empresa. Recentemente, a companhia passou a chamar o caso de “fraude”.

A fraude contábil na Americanas, da ordem de R$ 25 bilhões, colocou a varejista, uma das maiores do Brasil, em crise de reputação e financeira. A companhia entrou em recuperação judicial e negocia um plano de pagamento a credores.

Na CPI da Americanas, instalada na Câmara dos Deputados, além das empresas de auditoria que não detectaram o rombo, outros membros da atual e antiga gestão da Americanas devem ser ouvidos.

Fechamento de lojas e perda de clientes

A Americanas fechou 38 lojas apenas entre janeiro e maio de 2023. As informações fazem parte do relatório mensal de atividades da companhia, divulgado pelos administradores judiciais no início no mês.

Segundo o documento, nos últimos 12 meses, a Americanas fechou as portas de 48 lojas. Até maio deste ano, a companhia contava com 1.842 lojas em funcionamento.

O número de clientes ativos da Americanas despencou quase 10% (9,9%) em maio, na comparação com dezembro de 2022. No período de 12 meses encerrado em maio, o tombo foi de 12,1%.

Entre junho e dezembro do ano passado, ainda antes da crise deflagrada pela descoberta de um rombo contábil bilionário não detectado pelas empresas de auditoria, a Americanas teve redução de 2,4% na quantidade de clientes.

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