CVM abre dois inquéritos para investigar a Americanas
A CVM comunicou na noite de hoje (27/1) a abertura de inquéritos para investigar a fraude contábil da Americanas e executivos da empresa
atualizado
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Em comunicado divulgado na noite desta sexta-feira (27/1), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou ter aberto dois inquéritos para investigar a hipótese de fraude contábil na Americanas e a participação de executivos da empresa em irregularidades.
O primeiro inquérito, de número 19957.000952/2023-57, deve apurar a origem das “inconsistências contábeis” que somam R$ 20 bilhões e teriam ocorrido nos últimos 10 anos. A investigação é conduzida pela Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da CVM.
O segundo inquérito, de número 19957.000946/2023-08, pretende esclarecer por que diretores da Americanas venderam ações da empresa nos últimos meses. A Superintendência responsável pela apuração é a de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI).
A instauração de inquéritos significa que a CVM reuniu informações suficientes que indicam a possibilidade do cometimento de irregularidades. Antes dessa etapa, a autarquia estabelece processos administrativos para colher os primeiros indícios.
Além dos dois inquéritos, a CVM tem outros seis processos administrativos abertos contra a Americanas. Os processos avaliam fatos diversos, como a adequação de comunicados feitos pela varejista após acontecimentos importantes.
No último dia 13, o Ministério Público Federal também abriu um procedimento inicial para apurar a responsabilidade de executivos da companhia.
CVM pede para ter acesso a perícia
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também pediu à Justiça para ter acesso a e-mails da cúpula da Americanas. A solicitação foi feita na tarde desta sexta-feira (27/1) à juíza Andréa Galhardo Palma, da 2ª Vara Regional de Competência Empresarial e Conflitos Relacionados à Arbitragem, do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Na tarde de quinta-feira (26/1), a pedido do Bradesco, numa ação preparada pelo escritório Warde Advogados, ela aceitou a realização de prova pericial contábil para apurar as causas do rombo estimado em R$ 20 bilhões na Americanas.
O processo corre de forma paralela aos inquéritos da CVM. As provas produzidas podem ser anexadas aos processos conduzidos pela autarquia.