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Críticas de Lula aos juros freiam a Bolsa, que encerra o dia estável

Bolsa de Valores avançou 0,18% nesta segunda-feira (6/2), após críticas de Lula à gestão do Banco Central e ao nível da taxa básica de juros

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Dinheiro, Economia, Bolsa de Valores, Real, aumento, Baixa, money, gráficos - Foto: Michael Melo/Metrópoles
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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), avançou 0,18% nesta segunda-feira (6/2), alcançando os 108.721 pontos.

O mercado teve um dia morno, apesar da alta de 4% das ações da Petrobras, empresa que tem o segundo maior peso na Bolsa, atrás apenas da Vale, que caiu 1,25% no pregão.

A alta de 2% no preço do barril do petróleo impulsionou o desempenho da Petrobras no mercado. Já no caso da Vale, a cotação do minério no menor patamar em duas semanas causou uma desvalorização nos papéis.

Outro fator que freou o otimismo do mercado foi a nova crítica do presidente Lula à política do Banco Central e, em especial, aos juros.

Pela manhã, ao participar da posse de Aloizio Mercadante como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Lula disse que não há justificativa para que a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, esteja no patamar atual de 13,75% ao ano.

“Não existe justificativa nenhuma para que a taxa de juros esteja em 13,5% (sic). É só ver a carta do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro e a explicação que deram para a sociedade brasileira”, afirmou o chefe do Executivo.

A taxa de juros é a principal ferramenta do BC para conter a inflação, que chegou a 10% em 2021 e está há dois anos acima da meta estipulada.

As falas de Lula fomentaram a percepção de que o novo governo está disposto a conviver com uma inflação mais elevada, o que demandará juros mais altos no médio e longo prazo, a despeito das intenções de Lula.

Dólar e emprego nos EUA

O dólar terminou o dia em alta de 0,51%, negociado a R$ 5,174. Com o resultado, a moeda acumula alta de 1,96% em fevereiro. No acumulado de 2023, até aqui, a queda é de 2%.

Nos Estados Unidos, a divulgação de dados de emprego mais fortes que o esperado freou o desempenho dos mercados locais. O payroll registrou a abertura de 517 mil vagas em janeiro, enquanto a expectativa de analistas era de 180 mil novos empregos.

O mercado de trabalho aquecido é um indicador de que o Banco Central dos EUA (Federal Reserve) deve esperar para começar a reduzir os juros, uma vez que os salários têm efeito sobre a inflação. Juros mais elevados são um sinal negativo para a Bolsa, e por isso os índices de ações americanos encerraram o dia em baixa.

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