Crise dos bancos nos EUA volta a preocupar e derruba Bolsa brasileira

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), registrou queda de 0,7% nesta terça-feira (25/4), aos 103.153 pontos. Foi a segunda sessão consecutiva de perdas do mercado.

No dia, a queda das ações da Vale contribuiu para o saldo negativo da Bolsa. A mineradora recuou mais 2,7% na sessão de hoje, ainda influenciada pela queda dos preços do minério de ferro no exterior. Na semana, a Vale acumula desvalorização de 10% no mercado brasileiro, em razão da prévia operacional ruim e da pior cotação do minério na China em mais de 5 meses.

A Petrobras, segunda ação de maior peso no Ibovespa, também encerrou a terça-feira em queda de 0,4%, acompanhando a cotação de petróleo no mercado internacional.

O pregão foi ruim para mais de 70% das ações listadas no principal índice da Bolsa. As ações ligadas ao consumo e ao crédito foram as de maior perda no dia, com destaque para a construtora MRV, que recuou 8%, e para o grupo de moda Soma, que recuou 7%.

O depoimento do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no Senado, reforçou a expectativa de que a autoridade monetária segue preocupada com a inflação e não tem uma visão positiva para o ciclo de queda de juros no curto prazo.

Além disso, o First Republic Bank, um dos bancos médios nos Estados Unidos, voltou a preocupar. A instituição financeira divulgou seu balanço de resultados ontem (24/4) e revelou uma queda de 40% no volume de depósitos de clientes. Os números trouxeram de volta a percepção de que ainda há muito risco para os bancos regionais americanos.

Em razão dessa percepção, as bolsas dos Estados Unidos operaram em queda de até 2% no dia, influenciando outros mercados, como o brasileiro.

Dólar

O dólar subiu 0,5% nesta terça-feira (25/4), impulsionado pelo aumento do ambiente de risco nos Estados Unidos, em razão do balanço do First Republic Bank. A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 5,06.