Crescimento de junho não garante recuperação da indústria, diz Firjan
De acordo com o IBGE, produção industrial avançou 4,1%, mas alta do dólar tem elevado preço dos insumos. Setor defende estabilidade fiscal
atualizado
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O avanço da produção industrial de 4,1% em junho não indica uma mudança sustentável na trajetória do setor, uma vez que o resultado ocorre depois de dois meses consecutivos de quedas. A avaliação é da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
A alta registrada pelo setor foi divulgada nesta sexta-feira (2/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a Firjan, contudo, as “atuais condições domésticas continuam a ser um fator de preocupação”. “Em especial, a forte depreciação do real em relação ao dólar tem elevado o preço médio dos insumos, impactando a competitividade da indústria brasileira”, diz, em nota, a instituição. “A elevação dos custos dificulta o planejamento de longo prazo e desestimula novos investimentos, essenciais para o crescimento sustentável do setor.”
A Firjan defende a implementação de uma agenda estrutural de corte de gastos, considerada pela entidade “crucial para melhorar a percepção de estabilidade e responsabilidade fiscal do país”. “Essa medida não apenas pode aumentar a confiança dos investidores, mas também contribuir para a estabilização da taxa de câmbio, a redução da inflação e menores taxas de juros”, afirma a nota.