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Copom prevê corte de 0,5 ponto percentual nas próximas duas reuniões

Com isso, Selic pode terminar 2023 em 11,75% ao ano. Para órgão do BC, cenário externo piorou

atualizado

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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto no Senado Federal - Metrópoles
1 de 1 Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto no Senado Federal - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O comunicado divulgado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), nesta quarta-feira (20/9), confirma novos cortes de 0,5 ponto percentual da Selic nas próximas reuniões do órgão. Em 2023, elas serão duas, previstas para ocorrer em 31 de outubro e 1º de novembro e entre 12 e 13 de dezembro. Com isso, a taxa pode terminar 2023 em 11,75% ao ano.

“Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, diz o texto do comunicado.

A seguir, a título de ressalva, acrescenta: “O Comitê ressalta ainda que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

Cenário doméstico

Em relação ao cenário doméstico, os integrantes do Copom afirmaram que “observou-se maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado”. Mesmo assim, o órgão “segue antecipando um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres”. As expectativas de inflação para 2023, 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,9%, 3,9% e 3,5%, respectivamente. No comunicado passado, eram de 4,8%, 3,9% e 3,5%.

Os integrantes do Copom não alteraram os fatores de risco de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação em relação ao comunicado de agosto. Eles continuam sendo uma maior persistência das pressões inflacionárias globais e uma maior resiliência na inflação de serviços. “Entre os riscos de baixa, ressaltam-se uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada e os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

Front externo

O Comitê notou ainda mudanças no cenário externo com a elevação das taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos e a perspectiva de menor crescimento na China, ambos exigindo maior atenção por parte de países emergentes.

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