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Copom não repete divisão de agosto e tem decisão unânime sobre juros

Ao contrário da última reunião para discutir a Selic, em agosto, Copom teve unanimidade na redução de 0,5 ponto percentual, para 12,75%

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1 de 1 imagem colorida integrantes do Copom reunidos para decidir corte da Selic com presença de Galípolo e Aquino - Metrópoles - Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) não repetiu, na reunião encerrada nesta quarta-feira (20/9), a divisão que marcou a decisão anterior do colegiado, no início de agosto.

Naquela oportunidade, o Copom decidiu, por 5 votos a 4, reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Quatro integrantes do colegiado apoiaram uma redução menor, de 0,25 ponto percentual, mas foram vencidos.

Desta vez, a decisão do BC foi unânime. Todos os nove integrantes do Copom votaram na mesma direção – por uma nova queda da Selic em 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano.

Em agosto, votaram por uma redução de 0,5 ponto percentual o presidente do BC, Roberto Campos Neto, além de Gabriel Galípolo, Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros e Otávio Ribeiro Damaso.

Apoiaram uma redução de 0,25 ponto percentual Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura e Renato Dias de Brito Gomes.

Nesta quarta, contudo, o Copom foi unânime em sua decisão de baixar os juros de 13,25% para 12,75% ao ano.

Segundo corte desde agosto

Foi o segundo corte dos juros desde agosto, quando o Copom interrompeu o ciclo de aperto monetário e baixou a Selic em 0,5 ponto percentual, de 13,75% para 13,25% ao ano.

É a segunda reunião do colegiado desde a entrada dos dois novos integrantes indicados pelo governo: Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária, e Ailton Aquino, diretor de Fiscalização.

O novo patamar da Selic é o menor desde a reunião do Copom de março de 2022, quando os juros estavam em 11,75% ao ano. Em maio de 2022, a Selic foi para 12,75% ao ano.

Antes de os juros chegarem a 13,75% ao ano, o Copom havia elevado a Selic 12 vezes seguidas, em um ciclo que teve início em março de 2021, em meio à alta nos preços de alimentos, energia e combustíveis.

Decisão esperada pelo mercado

Havia um consenso no mercado de que a Selic seria reduzida novamente em 0,5 ponto percentual. O próprio Copom indicou, no comunicado que acompanhou a última decisão, que seguiria esse caminho de cortes. A principal explicação é a desaceleração consistente da inflação no Brasil nos últimos meses.

Segundo economistas e agentes do mercado, a grande dúvida em relação ao ritmo de cortes da Selic envolve as duas últimas reuniões do Copom neste ano, em novembro e dezembro. Especialmente nesse último encontro, em tese, há possibilidade de o BC aprofundar a redução dos juros básicos em 0,75 ponto percentual – a depender do avanço da pauta fiscal e do comportamento da inflação.

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