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Copom corta juros em 0,5 ponto percentual e Selic abre 2024 em 11,25%

Desde agosto, essa foi a quinta redução seguida promovida pelo órgão do Banco Central. Taxa está no menor patamar desde março de 2022

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Fachada do prédio do Banco Central do Brasil em Brasília - Metrópoles
1 de 1 Fachada do prédio do Banco Central do Brasil em Brasília - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira (31/1), o quinto corte seguido de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic, que, agora, foi fixada em 11,25% ao ano. A redução já era esperada pelo mercado.

O novo patamar da taxa é o menor registrado desde março de 2022, quando ela estava em 11,75% ao ano. A Selic saiu de 2%, em janeiro de 2021, até atingir 13,75%, em agosto de 2022, depois de 12 elevações seguidas. O Copom, contudo, iniciou o movimento de baixa em agosto do ano passado, sempre com cortes de 0,5 ponto porcentual.

Por que os juros caem

A queda da Selic é resultado da desaceleração da inflação no Brasil. A taxa de juros é o principal instrumento de política monetária do Banco Central. Ao ser elevada, ela tende a desaquecer a atividade econômica, o que reduz os preços no mercado. Quando os juros caem, espera-se o efeito contrário, aumentando a produção e o consumo.

O Banco Central tem como tarefa básica manter a inflação dentro da meta, que é estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2024, ela foi definida em 3%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ela será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%. 

Inflação em baixa

Assim, os seguidos cortes da Selic são resultado da perda consistente de força da inflação no Brasil. De acordo com estimativa de agentes econômicos consultados pelo BC em pesquisa semanal – o Relatório Focus –, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve terminar o ano em 3,81%. Na semana passada, a projeção era mais alta, de 3,86%. Há quatro semanas, ela havia ficado em 3,90%. 

Alterações na taxa básica também irradiam pela economia. Isso porque ela é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para os demais índices do país.

Consenso sobre o corte

Era consenso no mercado que a Selic seria reduzida novamente em 0,5 ponto porcentual. Uma redução dessa magnitude foi indicada nos comunicados que acompanharam a última decisão do Copom sobre o tema, nos dias 13 e 14 de dezembro do ano passado. A estimativa do mercado, segundo o Relatório Focus, é que a taxa básica de juros chegue a 9% no fim de 2024.

Reuniões do Copom

O Copom reúne-se por duas vezes a cada 45 dias. No primeiro dia de encontros, são realizadas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia no Brasil e no mundo, notadamente da inflação, além do comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do comitê definem a taxa Selic. A próxima reunião do órgão está agendada para os dias 19 e 20 de março.

 

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