Copel abre pedido de oferta de ações que possibilitará privatização
Governo Ratinho Jr. no Paraná planeja vender sua fatia majoritária na estatal. Copel espera que oferta movimente quase R$ 5 bilhões
atualizado
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A Companhia Paranaense de Energia (Copel) protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de oferta de ações, processo que, se confirmado, irá sacramentar a privatização da estatal.
A privatização da Copel é uma promessa da atual gestão paranense, do governador Ratinho Júnior (PSD), reeleito no ano passado. A Copel é hoje uma empresa de economia mista, com parte das ações já ofertada na bolsa, mas controle do governo paranaense.
No documento protocolado nesta quarta-feira (26/7) na CVM, a Copel pede a emissão de 549.171.000 ações ordinárias. Parte dos papéis será vendido no mercado primário (indo para o caixa da companhia) e outra parte, no mercado secundário, com o estado do Paraná se desfazendo de 319.285.000 ações.
A depender da demanda, o estado do Paraná pode vender fatia maior de sua participação. A quantidade inicialmente ofertada poderá ser acrescida de um lote suplementar de 15% do total (pouco mais de 18,5 milhões emitidas pela própria companhia e outras 63,8 que seriam emitidas pelo estado do Paraná).
Incluindo um eventual lote suplementar, a Copel estimou que a oferta poderá movimentar até R$ 4,96 bilhões.
O cálculo foi feito com base no preço de fechamento do mercado em 24 de julho, quando a ação da Copel valia R$ 7,85.
No pregão desta quarta-feira, as notícias do pedido de oferta da estatal fizeram o papel disparar mais de 4%. A ação da Copel era cotada a R$ 8,63 por volta das 13h.
O estado do Paraná detém hoje quase 70% das ações ordinárias (que dão direito a voto) na Copel, enquanto o BNDESPar possui outros 12,4% e 16,1% estão sob custódia em bolsas de valores.