Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,9 bilhões em outubro
Resultado representa o maior déficit para o mês em cinco anos. Em outubro de 2023, houve superávit de US$ 451 milhões
atualizado
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As contas externas do Brasil registraram um déficit (saldo negativo) de US$ 5,9 bilhões em outubro deste ano. O montante representa o maior resultado negativo para o mês desde 2019. Em outubro do ano passado, ele foi positivo em US$ 451 milhões. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (25/11) pelo Banco Central (BC).
No acumulado de 12 meses, a diferença entre o que o país gastou e o que recebeu nas transações internacionais no comércio, rendas e transferências unilaterais ficou negativa em US$ 49,165 bilhões, o equivalente a 2,23% do Produto Interno Bruto (PIB).
A balança comercial de bens (valor das importações menos as exportações) registrou superávit de US$ 3,4 bilhões em outubro de 2024, ante superávit de US$ 8,6 bilhões em outubro de 2023. As exportações totalizaram US$ 29,6 bilhões, numa redução de 0,6%, e as importações somaram US$ 26,2 bilhões, aumento de 23,5%.
Os Investimentos Diretos no País (IDP) apresentaram ingressos líquidos de US$ 5,7 bilhões em outubro de 2024, ante US$ 3,1 bilhões em outubro de 2023, num crescimento superior a 80%. O IDP é composto por recursos destinados à participação no capital e os empréstimos diretos concedidos por matrizes de empresas multinacionais as suas filiais no Brasil e vice-versa.
Em 12 meses encerrados em outubro, o IDP somou US$ 66 bilhões, ou 3% do PIB, ante 2,87% no mesmo período de 2023. O BC estima que o IDP atingirá US$ 70 bilhões em 2024.
Em viagens internacionais, os brasileiros gastaram US$ 1,3 bilhão. Em contrapartida, os visitantes estrangeiros deixaram US$ 600 milhões no Brasil.
