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Contas do setor público fecham no azul em março, diz BC

Governo central teve déficit de R$ 1,9 bilhão, mas estados e municípios, registraram superávit de R$ 3,4 bilhões. Dívida pública aumentou

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As contas de todo o setor público brasileiro fecharam no azul em março. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (6/5) pelo Banco Central (BC), elas registraram um superávit primário (receitas versus gastos, menos as despesas com pagamentos de juros) de R$ 1,2 bilhão. No mesmo mês do ano passado, houve déficit de R$ 14,2 bilhões. 

O dado reúne os resultados do governo central, formado pela Previdência, Tesouro e BC, além de estados, municípios e estatais. Ficam fora dessa contabilidade apenas as empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, além de bancos públicos, caso do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. 

O resultado de março formou-se com um déficit do governo central de R$ 1,9 bilhão e um superávit de R$ 3,4 bilhões dos estados e municípios. As estatais anotaram déficit de R$ 343 milhões.

Em março, o governo central e as empresas estatais registraram déficits respectivos de R$ 1,9 bilhão e R$ 343 milhões. Os governos regionais tiveram superávit de R$ 3,4 bilhões. Em doze meses, o setor público consolidado acumula déficit de R$ 252,9 bilhões, o equivalente a 2,29% do PIB e 0,15 ponto percentual inferior ao déficit acumulado até fevereiro. Ou seja, em 12 meses até fevereiro, o déficit estava em 2,44% do PIB. 

No critério nominal, que abrange as despesas com juros, o setor público ficou no vermelho em R$ 63 bilhões em março. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 998,6 bilhões (9,06% do PIB), ante um resultado negativo de R$ 1 bilhão (9,24% do PIB) em fevereiro de 2024. A conta de juros atingiu R$ 745,7 bilhões, ou 6,76% do PIB, ante 6,8% em fevereiro.

Dívida pública avança

A dívida pública aumentou em março no Brasil. A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 61,1% do PIB (R$ 6,7 trilhões) em março, aumentando 0,2 ponto percentual (p.p.) do PIB no mês. Ela cresceu por causa do impacto de juros nominais (aumento de 1,9 p.p.), do superávit primário acumulado (redução de 0,5 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,9 p.p.) e da desvalorização cambial de 3,2% acumulada no ano (redução de 0,4 p.p.).

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que compreende o governo federal, o INSS, os governos estaduais e os municipais, atingiu 75,7% do PIB (R$ 8,3 trilhões) em março, um aumento de 0,2 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

 

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