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Conheça os negócios e a fortuna deixada por Abilio Diniz

Sucesso do empresário deu-se principalmente no varejo, setor no qual foi considerado imabível por longo tempo

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1 de 1 imagem em preto e branco Abilio Diniz quando jovem em supermercado da rede Pão de Açúcar - Metrópoles - Foto: Reprodução/Facebook

A fortuna de Abilio Diniz, que faleceu neste domingo (18/2), aos 87 anos, é estimada em US$ 2 bilhões, o equivalente a quase R$ 10 bilhões na cotação atual da moeda estrangeira. Com essa quantia, o empresário ocupava o 31º lugar entre as pessoas mais ricas do Brasil e ficava na posição de número 1.527 no ranking global dos bilionários, segundo a lista produzida pela revista Forbes. 

Diniz amealhou tamanha fortuna atuando basicamente no varejo, setor no qual foi considerado imbatível por muito tempo. Essa história, contudo, começou no fim dos anos 1950.

Abilio Diniz fundou, ao lado do pai, Valentim, a primeira unidade do supermercado Pão de Açúcar, em abril de 1959. Valentim, contudo, já era dono de uma doceria com o mesmo nome, dado em homenagem ao “cartão postal” carioca. 

Entre 1979 e 1989, Diniz afastou-se da empresa como resultado de desentendimentos familiares. No fim dos anos 1980, em meio a uma forte crise do Pão de Açúcar, seu pai o convidou a voltar ao negócio. Abilio reergueu a companhia, depois de promover uma ampla reestruturação do negócio. Em 1999, vendeu 25% da empresa ao grupo francês Casino. 

Em junho de 2009, o Pão de Açúcar anunciou a compra do Pontofrio. Em dezembro do mesmo ano, formou uma joint venture com a Casas Bahia. Em 2010, a união resultou na formação da Via Varejo, o maior grupo de distribuição da América Latina. 

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) manteve uma participação de 36% na Via Varejo até 2019, quando suas ações foram vendidas em um leilão realizado na Bolsa brasileira ( B3). A família Klein, que criou a Casas Bahia, recomprou os papéis.

Confronto histórico

Em 2013, Diniz saiu do conselho de administração do Pão de Açúcar, depois de se envolver em um dos maiores embates entre líderes empresariais registrados no Brasil. Como opositor, teve Jean-Charles Naouri, presidente do Casino, que ficou com 40,9% de participação no GPA. 

Em dezembro de 2014, Diniz voltou ao setor de supermercados ao comprar 10% do Carrefour, tornando-se um dos maiores acionistas da rede. Diniz também investiu na BRF, dona da Sadia, de onde saiu em 2018. 

Negócios em família

Os negócios de Abilio Diniz concentram-se na Península Participações, criada em 2006, para administrar o patrimônio da família e de terceiros. A empresa tem cerca de R$ 12 bilhões sob gestão. Mantém participações no Carrefour Brasil e no Carrefour França, na Wine, a revendedora de vinhos, na Oncoclínicas, ligada ao setor de saúde, e na Padaria Benjamin.

Esportista fanático, o empresário também investiu e participou ativamente desse setor. Ele foi uma figura influente nos bastidores do São Paulo Futebol Clube e criou o time que deu origem ao Grêmio Osasco Audax, um formador de atletas.

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