Confiança do consumidor sobe em dezembro, diz FGV

A confiança do consumidor brasileiro registrou alta em dezembro, na comparação com novembro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (26/12) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela instituição, avançou 2,7 pontos no período, chegando a 88 pontos. Em médias móveis trimestrais, por outro lado, houve um leve recuo de 0,3 ponto.

O resultado positivo de dezembro interrompe uma sequência de dois meses consecutivos de queda na confiança do consumidor medida pela FGV.

“A melhora da confiança reflete um aumento do otimismo em relação aos próximos meses, principalmente das famílias de menor poder aquisitivo, que vêm se mantendo mais endividadas e sofrendo mais com os efeitos da inflação e taxa de juros elevada”, diz a coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Viviane Seda Bittencourt, em nota.

“As avaliações sobre o momento ainda se mantêm estáveis, mas com piora na percepção sobre o mercado de trabalho, o que gera cautela na intenção de compras no curto prazo”, completou Bittencourt.

Em dezembro, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,1 ponto, para 70,9. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 4,3 pontos, para 100,3.

“O ano fecha com um saldo positivo e zera as perdas acumuladas nos últimos dois anos, mas é necessário um grande caminho para que a confiança volte superar o nível neutro, estimulando o consumo”, afirma a FGV.

Perspectivas

Em relação às expectativas para o futuro, o índice que mais contribuiu para a alta da confiança do consumidor foi a situação financeira das famílias nos próximos seis meses, que avançou 12,5 pontos, para 105 pontos – o maior patamar desde fevereiro de 2019.

O indicador que mede o nível de otimismo com a situação econômica geral subiu 4,5 pontos, para 115,1. A intenção de compra de bens duráveis, por sua vez, registrou queda de 4,7 pontos, para 80,8.