Confiança do consumidor recua para o menor patamar em 6 meses
Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da FGV, recuou 1,3 ponto em fevereiro, para 84,5 pontos, menor nível desde agosto do ano passado
atualizado
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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) e divulgado nesta sexta-feira (24/2), recuou 1,3 ponto em fevereiro, para 84,5 pontos.
Trata-se do menor nível em seis meses, desde agosto do ano passado (83,6 pontos).
Tomando como base as médias móveis trimestrais, o índice registrou queda pelo terceiro mês consecutivo (-0,3 ponto), para 86,1 pontos.
Neste mês, de acordo com o levantamento da FGV, houve queda da confiança tanto sobre o momento atual como nas perspectivas para os próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 1,8 ponto, para 69,3, o pior resultado desde maio de 2022. O Índice de Expectativas (IE) recuou 0,9 ponto, para 95,8.
O indicador que mede a percepção sobre a situação financeira das famílias cedeu 5,6 pontos, recuando para 58,8 em fevereiro. Foi o pior resultado desde março do ano passado. A intenção de compras, por sua vez, caiu 2,7 pontos (para 76,9).
O otimismo em relação à economia baixou 1,2 ponto, para 112,2.
“As perspectivas ainda são cautelosas, apesar de os consumidores ainda serem otimistas em relação ao mercado de trabalho, o que parece ter sustentado as perspectivas sobre economia e emprego com indicadores acima dos 100 pontos”, explica Viviane Bittencourt, coordenadora das sondagens do IBGE.
“Maior endividamento, taxas de juros elevadas, e a desaceleração da atividade econômica devem manter a confiança em patamares baixos em 2023”, avalia.