Confiança do consumidor é a maior em mais de 4 anos, diz FGV
Confiança do consumidor subiu 4,1 pontos em junho, para 92,3 pontos, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas
atualizado
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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), alcançou o nível mais alto em mais de quatro anos, desde fevereiro de 2019, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (26/6) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV.
O indicador subiu 4,1 pontos em junho deste ano, para 92,3 pontos, de acordo com o Ibre. Em médias móveis trimestrais, o índice registrou alta pelo terceiro mês consecutivo, de 1,8 ponto, para 89,1 pontos.
“O indicador que mede a intenção de consumo de bens duráveis nos próximos meses foi o principal impulsionador do resultado no mês, sugerindo uma redução do pessimismo na intenção de gastos, frente ao alívio da inflação e a expectativa de queda dos juros no futuro”, explica Anna Carolina Gouveia, economista do Ibre-FGV.
Apesar de parte dos indicadores apresentarem os melhores resultados dos últimos anos, diz Gouveia, ainda é prematuro cravar que haja uma melhoria sustentada da confiança dos consumidores.
“Principalmente, porque a situação financeira das famílias ainda registra um nível bastante insatisfatório, com o alto endividamento sendo um dos principais problemas para o consumidor”, pondera a economista.
Pelo segundo mês seguido, houve avanço no Índice de Expectativas (IE), de 3,6 pontos, para 104 pontos. O Índice de Situação Atual (ISA), por sua vez, subiu 4,4 pontos, para 75,7 pontos, o maior patamar desde março de 2020, quando começou a pandemia de Covid-19.
O único indicador que recuou em junho foi o que mede as perspectivas para as finanças das famílias nos próximos meses, com queda de 4 pontos, para 101,3 pontos.