Confiança do consumidor cai para o menor nível desde junho, diz FGV
Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 3,8 pontos em outubro, para 93,2 pontos
atualizado
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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou fortemente em outubro deste ano e atingiu o menor patamar desde junho, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (25/10) pela instituição.
O indicador teve queda de 3,8 pontos neste mês, para 93,2 pontos.
Em médias móveis trimestrais, a confiança do consumidor recuou 0,5 ponto, para 95,7, depois de seis meses seguidos de alta.
Em setembro, o índice havia oscilado positivamente 0,2 ponto, para 97 pontos. O ciclo de alta, interrompido agora, teve início em maio.
“A confiança dos consumidores recuou, influenciada pela piora das expectativas para os próximos meses e acomodação em relação à situação atual. Em outubro, o resultado negativo se apresentou disseminado em todas as variáveis, classes de renda e capitais, o que acende um sinal de alerta”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/Ibre).
“A calibragem das expectativas, passando do índice da zona de otimismo para a zona de neutralidade, pode estar relacionada com a desaceleração dos setores econômicos e, talvez, uma preocupação com a continuidade da resiliência do mercado de trabalho, fator importante na recuperação da confiança dos consumidores”, diz Gouveia.
De acordo com o levantamento, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 0,7 ponto, para 82,5, após quatro altas consecutivas.
Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 5,8 pontos, para 100,9 pontos.