Confiança do comércio recua para o menor nível desde abril de 2022
Índice de Confiança do Empresário do Comércio recuou para 119 pontos em janeiro; foi a segunda queda mensal consecutiva do indicador
atualizado
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A confiança dos empresários do comércio caiu em janeiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27/1) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
No primeiro mês de 2023, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) recuou para 119 pontos. Foi a segunda queda mensal consecutiva do indicador, que agora está no menor patamar desde abril do ano passado.
O índice varia de 0 a 200 pontos. Resultados acima de 100 indicam otimismo.
Na comparação com dezembro de 2022, o resultado representa um recuo de 3,6%. Já em relação ao mesmo período do ano passado, a retração foi de 1,7%.
Segundo o levantamento da CNC, houve desaceleração em todos os indicadores avaliados, com destaque para a queda de 6,4% no índice de expectativas dos empresários para o curto prazo.
“O comércio de bens e serviços, que representa grande parte do PIB brasileiro e gera a maioria dos postos de trabalho formal, sente o desaquecimento das vendas”, lamentou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Segundo o dirigente, os efeitos da inflação, o encarecimento do crédito e o endividamento das famílias são alguns dos fatores que explicam a diminuição da confiança do empresariado no comércio.
A pesquisa mostra ainda que as expectativas para a economia recuaram 9,8% em janeiro, para 125,7 pontos. As perspectivas para o comércio também tiveram redução de 6,2%, para 139 pontos. Ambos os indicadores estão no nível mais baixo desde abril de 2021.
De acordo com a CNC, quase um terço dos varejistas (31,4%) acreditam que a economia piore neste ano, enquanto 23,7% esperam uma queda nas vendas do comércio.