Confiança da indústria cai e 2º semestre deve ser “morno”, diz FGV
Segundo levantamento, o Índice de Confiança da Indústria recuou 2,1 pontos neste mês, para 91,9 pontos, retornando ao patamar de fevereiro
atualizado
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O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), voltou a cair em julho deste ano, na comparação com junho, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (27/7).
Segundo o levantamento, o índice recuou 2,1 pontos neste mês, para 91,9 pontos, retornando ao patamar de fevereiro.
Em médias móveis trimestrais, a confiança da indústria caiu 0,9 ponto, para 92,9.
“O resultado de julho mostra queda da confiança industrial no início do segundo semestre, para um nível próximo ao do início do ano, que é o mais baixo desde julho de 2020”, afirma Stéfano Pacini, economista da FGV.
“A queda dos índices foi influenciada tanto pela piora da percepção sobre a situação presente dos negócios quanto pela redução do otimismo em relação à evolução da produção física nos próximos meses. No momento presente, os segmentos produtores de bens de consumo são os menos satisfeitos e reportam baixos níveis de demanda e acúmulo de estoques”, diz o economista.
Segundo Pacini, “o atual cenário macroeconômico, com taxa de juros elevadas e aumento do endividamento, reforça a ideia de um segundo semestre com nível de atividade morno e pouca chance de continuidade da recuperação esboçada pelo setor nos meses anteriores”.
Em julho, houve queda da confiança da indústria em 11 dos 19 segmentos pesquisados. O Índice Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE) recuaram 2,9 pontos e 1,2 ponto, para 89,5 e 94,4 pontos, respectivamente.
Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da Indústria avançou 0,6 ponto percentual no mês, para 81%.