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Condenação do antigo “rei das criptomoedas” derruba bitcoin e ethereum

Por volta das 8 horas (horário de Brasília) desta sexta, o bitcoin era negociado a US$ 34,2 mil, uma queda de 3,4% em 24 horas

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Ilustração de moedas virtuais caindo sob um gráfico com fundo azul brilhante - Metrópoles
1 de 1 Ilustração de moedas virtuais caindo sob um gráfico com fundo azul brilhante - Metrópoles - Foto: Getty Images

As duas principais criptomoedas do mundo recuaram forte nesta sexta-feira (3/11), depois da confirmação da condenação do empresário Sam Bankman-Fried, fundador da FTX, por um tribunal do júri em Nova York.

Bankman-Fried foi considerado culpado das sete acusações de fraude, conspiração, associação criminosa e desvio de fundos às quais respondia. A sentença do fundador da FTX será anunciada pelo juiz Lewis Kaplan no dia 28 de março de 2024. Ele deve pegar mais de 100 anos de prisão.

Por volta das 8 horas (horário de Brasília) desta sexta, o bitcoin era negociado a US$ 34,2 mil, uma queda de 3,4% em um período de 24 horas.

Já o ethererum, segunda criptomoeda mais valiosa do mundo, cedia 2,6%, negociado a US$ 1,7 mil. Os dados são do agregador CoinMarketCap.

Os crimes de Bankman-Fried

Segundo a Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio dos EUA, o fundador da FTX orquestrou “uma fraude massiva, desviando bilhões de dólares dos fundos de clientes da plataforma de negociação para seu próprio benefício pessoal e para ajudar a aumentar seu império criptográfico”.

De acordo com a investigação, as fraudes na FTX podem ter causado um prejuízo estimado em US$ 8,7 bilhões a investidores em todo o mundo. A Promotoria dos Estados Unidos reuniu mais de 1,3 mil provas de crimes praticados por Bankman-Fried.

Os promotores alegaram que Bankman-Fried teria tentado intimidar uma das testemunhas no processo, Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda Research, braço de investimentos da FTX, e ex-namorada do empresário.

Em dezembro do ano passado, Ellison afirmou, em depoimento, que a FTX tinha plena consciência de que estava enganando credores e utilizando dinheiro dos investidores para inúmeras operações de crédito e outras negociações. Ela se declarou culpada nas acusações de fraude e passou a colaborar com os promotores federais de Manhattan.

Investigações apontaram que o dinheiro recebido por Bankman-Fried se misturava aos fundos da Alameda Research e era usado para financiar investimentos em vários empreendimentos, além de compra de imóveis e doações políticas – tudo isso sem o conhecimento dos investidores.

Em novo depoimento, no início de outubro, já durante o julgamento, Ellison disse que Bankman-Fried teria ordenado um desvio de cerca de US$ 14 bilhões (mais de R$ 70 bilhões) dos clientes da corretora, pouco antes da falência da empresa. “Ele era o chefe da Alameda e me deu instruções para cometer crimes”, afirmou.

Idas e vindas na prisão

No fim de 2022, Bankman-Fried, que havia sido preso, foi solto pela Justiça após pagar fiança de US$ 250 milhões (o equivalente a quase R$ 1,3 bilhão). O acordo tomou como base a parte de Bankman-Fried na casa da família, em Palo Alto, além de uma longa lista de requisitos para que o acusado permanecesse em liberdade no decorrer do processo.

Em agosto, a Justiça americana determinou a volta de Bankman-Fried à prisão. Ele cumpria prisão domiciliar na residência de seus pais, em Palo Alto, na Califórnia, desde dezembro do ano passado.

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Em outras palavras, esse dinheiro pode ser definido como uma espécie de moeda descentralizada, ou seja, que não tem emissões e transações controladas por órgãos ou governos. Esses papéis, na verdade, ficam a cargo dos próprios usuários

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