Comportada, inflação do consumo nos EUA vem dentro das expectativas
Índice de Preços de Gastos com Consumo ficou em 0,3% em setembro, na comparação com agosto. Pausa no ciclo de alta de juros ganha força
atualizado
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Um dos índices monitorados com maior atenção pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), o núcleo do Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE, na sigla em inglês) ficou em 0,3% em setembro, na comparação com o mês anterior.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27/10) pelo Departamento de Comércio do governo americano.
Em relação a setembro do ano passado, o núcleo da inflação do consumo nos EUA ficou em 3,7%.
Em agosto, o PCE mensal foi de 0,1% e o anual ficou em 3,8%.
O resultado do mês passado veio em linha com as expectativas do mercado. A maioria dos analistas projetava exatamente índices de 0,3% e 3,7% para setembro.
O núcleo da inflação do consumo exclui variações de preços de alimentos e energia, que são mais voláteis. Incluindo esses itens, o índice cheio do PCE americano foi de 0,4% (mensal) e 3,4% (anual).
“Crescem as apostas de que o Fed fará como o Banco Central Europeu e dará por encerrado o ciclo de aumento de juros na reunião de política monetária da semana que vem”, afirma o professor e mestre em Economia Política André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online.
No último encontro, o Comitê de Política Monetária do Fed (Fomc) manteve a taxa de juros no patamar de 5,25% a 5,5% ao ano – a maior em 22 anos. Nas últimas 13 reuniões do Fomc, houve elevação dos juros em 11 e manutenção da taxa em duas.
A elevação dos juros é o principal instrumento dos bancos centrais para conter a inflação.
Renda
Ainda de acordo com os dados divulgados, a renda pessoal total nos EUA subiu 0,3% em setembro (US$ 77,8 bilhões).
Já a renda pessoal disponível, que exclui impostos correntes, também avançou 0,3% (ou US$ 56,1 bilhões).
“O aumento dos rendimentos dos trabalhadores americanos veio abaixo do esperado no mês de outubro. Tal informação sugere que, a despeito do robusto crescimento da economia no terceiro trimestre, os EUA talvez tenham encontrado uma relativa estabilidade no seu ciclo de crescimento”, avalia Galhardo.