Como as ações de uma empresa explodiram com um zero a mais no balanço
A divulgação de um dado equivocado de rentabilidade aumentou em 67% a cotação dos papéis da Lyft, a concorrente do Uber, em Londres
atualizado
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Um zero a mais colocado num indicador de rentabilidade, uma dado-chave de um balanço corporativo, fez com que as ações da Lyft, a concorrente do Uber, disparassem na terça-feira (13/2), na Bolsa de Londres. Os papéis registraram alta de 67%.
O problema foi que, pouco tempo depois da divulgação do dado, o diretor financeiro da empresa, Erin Brewer, teve de fazer uma “pequena” correção. Em teleconferência com analistas, ele afirmou que a empresa esperava que suas margens aumentassem em 50 pontos-base (ou 0,5%) nos próximos meses e não em 500 pontos bases (5%), como previamente informado.
Posteriormente, um porta-voz da companhia atribuiu o deslize do zero a mais a um “erro administrativo”. A seguir, a Lyft corrigiu a informação e seu registro junto ao órgão regulador do mercado britânico.
Foi aí que as ações desabaram. Mas nem tanto. Quando as negociações foram abertas na manhã desta quarta-feira (14/2), a alta em relação à cotação dos papéis antes da divulgação do balanço equivocado era de 20%.
Bons resultados
A sustentação de parte dos ganhos ocorreu porque a companhia teve um bom desempenho no último trimestre de 2023. Nesse período, a Lyft alcançou uma receita de US$ 1,22 bilhão, um aumento de 4% em relação ao ano anterior e em sintonia com as projeções dos analistas.
A empresa também projetou lucro de até US$ 55 milhões nos primeiros três meses do ano, superando as estimativas de US$ 49,5 milhões.
O número de passageiros ativos na plataforma aumentou 10% no quarto trimestre de 2023 em relação ao ano anterior, para 22,4 milhões. No ano passado, a Lyft teve mais de 40 milhões de pessoas transportadas, o maior contingente anual de sua história.