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Como a Vale ampliou o lucro em 210% e vai pagar R$ 9 bi em dividendos

Mineradora registrou ganhos de US$ 2,76 bilhões no segundo trimestre, resultado que ficou acima do esperado pelo mercado

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1 de 1 Vale - Foto: Reprodução

A Vale registrou um lucro líquido atribuído aos acionistas de US$ 2,76 bilhões no segundo trimestre de 2024, segundo balanço divulgado na noite desta quinta-feira (26/7). O número representou uma alta de 210%, na comparação com os US$ 892 milhões obtidos no mesmo período de 2023 e de 65% sobre o US$ 1,6 bilhão do trimestre anterior. O resultado ficou acima das projeções do mercado, que esperava ganhos de US$ 2 bilhões. 

Por causa desse desempenho, a Vale anunciou a distribuição de R$ 8,9 bilhões em dividendos sob a forma de juros sobre capital próprio (JCP). A quantia, que será paga em 4 de setembro, corresponde ao valor total bruto de R$ 2,093798142 por ação.

Os números da mineradora foram reflexo, notadamente, do aumento das vendas de minério de ferro entre abril e junho. Elas cresceram 7% em relação aos mesmos meses de 2023 e 25% sobre o trimestre anterior. A produção da Vale foi a maior para um segundo trimestre desde 2018, segundo nota divulgada pelo CEO da empresa, Eduardo Bartolomeo.

Entre os outros indicadores, a receita líquida de vendas totalizou US$ 9,9 bilhões no período, uma alta de 2% em relação ao segundo trimestre de 2023. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês, indicador usado pelo mercado como medida de geração de caixa) manteve-se estável na comparação anual, a US$ 3,9 bilhões.

Venda de participação acionária

A venda da participação acionária da subsidiária Vale Canada Limited na PT Vale Indonesia (PTVI), produtora de níquel, foi outro fator que favoreceu o lucro da empresa. Em junho, a mineradora brasileira informou que recebeu cerca de US$ 155 milhões em dinheiro pelas ações da companhia para a PT Mineral (Mind Id), também da Indonésia.

A Vale informou ainda que os preços de referência do minério de ferro foram de US$ 111,80 a tonelada no segundo trimestre, 1% maior do que o praticado no mesmo período do ano anterior. Já o preço realizado dos finos de minério ficou estável em US$ 98,20 a tonelada.

Endividamento

A dívida líquida da Vale encerrou o segundo trimestre de 2024 em US$ 8,59 bilhões, 4% abaixo dos US$ 8,9 bilhões do mesmo período de 2023. A dívida líquida expandida, que inclui provisões relacionadas a Brumadinho e Samarco/Fundação Renova, somou US$ 14,6 bilhões. Ela se manteve estável em relação ao segundo trimestre do ano anterior. Os investimentos chegaram a US$ 1,3 bilhão. 

Abaixo da expectativa

Na avaliação da Ativa Investimentos, apesar do lucro e dos dividendos, as receitas da Vale no segundo trimestre deste ano ficaram num patamar abaixo do esperado. Isso em “função de menores preços realizados de minério de ferro e níquel frente e custos mais elevados”. Disse, em nota, a corretora: “A Vale acabou registrando um Ebitda inferior ao que estimávamos. Mesmo com um resultado financeiro pior Y/Y [na comparação anual], o lucro líquido superou o que projetávamos dado o recebimento com o desinvestimento da PTVI”.

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