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Com rumor sobre Mantega, Vale perde R$ 39 bilhões em valor de mercado

Além do “fator Mantega”, Vale sofre com baixa no preço do minério de ferro, por causa da demanda incerta da China, e decisões judiciais

atualizado

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Fabio Pozzebom/Agência Brasil
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega
1 de 1 O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega - Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil

Em meio a fortes especulações acerca da possível entrada do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega na Vale, em um esforço pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a companhia já perdeu R$ 39,3 bilhões em valor de mercado apenas neste primeiro mês de 2024.

Na quinta-feira (25/1), as ações da Vale na Bolsa de Valores do Brasil (B3) encerraram o pregão em baixa de 2,2%. Desde o início do ano, os papéis da empresa desabaram 11,3%, reduzindo o valor de mercado da companhia para R$ 309,1 bilhões.

Além da intenção do governo de conduzir Mantega a uma posição de destaque na Vale, a empresa sofre com um momento de baixa no preço do minério de ferro, por causa da demanda incerta da China.

Também pesou contra a Vale a notícia de que a Justiça condenou a mineradora, a BHP e a Samarco a pagarem uma multa de R$ 47,6 bilhões como indenização por danos morais coletivos, devido ao rompimento da barragem de Mariana (MG), em 2015.

A decisão judicial se deu justamente no dia em que a ruptura de outra barragem da Vale, a do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), completou cinco anos. A tragédia ocorreu em 25 de janeiro de 2019.

Efeito Mantega

Desde que o nome do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega começou a ser especulado como possível novo integrante do Conselho de Administração da Vale – ou até mesmo ocupando a presidência da empresa –, a desvalorização dos papéis da companhia se intensificou.

Desde o dia 15 de janeiro de 2024, o valor de mercado da Vale caiu R$ 14,4 bilhões. Houve uma leve recuperação entre os dias 22 e 24, mas nada de substancial.

Apesar da pressão do governo federal, na prática, o Executivo tem poucas condições de interferir no processo sucessório da Vale. A companhia foi privatizada em 1997, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Atualmente, a Vale não possui um controlador definido, pois nenhum dos acionistas detém mais de 10% dos papéis.

O Conselho de Administração da Vale conta com 13 integrantes. Dois são indicados pela Previ, um pelo Bradesco, um pela Mitsui, um representa os funcionários da empresa e oito são independentes.

Entre os maiores acionistas da Vale, estão o fundo de investimento BlackRock e a Cosan, do empresário Rubens Ometto, que comprou 4,9% da empresa em 2022.

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