Com queda nas vendas de remédios para Covid-19, Pfizer amarga prejuízo
Pfizer, gigante do setor farmacêutico nos Estados Unidos, reportou um prejuízo líquido de US$ 2,38 bilhões no terceiro trimestre de 2023
atualizado
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A Pfizer, gigante do setor farmacêutico nos Estados Unidos, reportou um prejuízo líquido de US$ 2,38 bilhões no terceiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados pela companhia nesta terça-feira (31/10).
O resultado do período entre julho e setembro de 2023 reverte o lucro obtido no terceiro trimestre do ano passado, de US$ 8,61 bilhões. A queda anual foi de 72%.
O desempenho no trimestre foi influenciado pelo recuo nas vendas de medicamentos para combater a Covid-19, entre os quais Paxlovid e Comirnaty.
Por outro lado, a empresa viu a receita de produtos não relacionados à Covid-19 aumentar cerca de 10%.
Autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para venda em farmácias do Brasil, o Paxlovid é composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir, embalados e administrados juntos. O remédio é indicado para o tratamento da Covid em adultos que não requerem oxigênio suplementar e apresentem alto risco de progressão para um quadro grave de da doença.
Em outubro, a Pfizer admitiu que suas estimativas iniciais para este ano eram excessivamente otimistas. Inicialmente, a farmacêutica projetava que as vendas do Paxlovid batessem US$ 8 bilhões em 2023 – o número foi revisto para US$ 1 bilhão.
No terceiro trimestre, a receita da companhia despencou 41,5%, para US$ 13,23 bilhões, abaixo das expectativas do mercado. As receitas obtidas com as vendas do Paxlovid caíram 97% entre julho e setembro, na comparação anual, o que representa uma perda de mais de US$ 7 bilhões.
“Com uma incerteza significativa eliminada com o nosso acordo de fornecimento de Paxlovid ao governo dos EUA e os avanços que continuam surgindo em nosso pipeline, esperamos ansiosamente para concluir 2023 com um impulso positivo que demonstrará o potencial de crescimento de longo prazo da Pfizer”, afirmou o presidente da empresa, Albert Bourla.