Com queda dos combustíveis, Itaú reduz estimativa de inflação em 2023
Itaú projetava que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminasse 2023 em 6% e agora estima que a inflação seja de 5,8%
atualizado
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O Itaú Unibanco revisou para baixo sua estimativa de inflação para este ano, depois do anúncio da redução nos preços dos combustíveis pela Petrobras, na terça-feira (16/5).
O banco, que projetava que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminasse 2023 em 6%, agora estima que a inflação fique em 5,8%.
Para 2024, a projeção do banco foi mantida em 4,5%.
Segundo as economistas Luciana Rabelo e Julia Passabom, a queda nos preços dos combustíveis anulará praticamente todo o impacto da volta da incidência de tributos estaduais e federais sobre a gasolina.
“Cabe lembrar que a nossa projeção para o ano inclui alíquota de R$ 1,22 no ICMS sobre a gasolina no mês de junho e a volta do PIS/Cofins de R$ 0,34 sobre a gasolina em julho”, escreveram as economistas no relatório do Itaú.
Segundo o Itaú, a tendência é a de uma inflação de apenas 1,5% nos alimentos, ante 13% do ano passado.
“A desinflação se dá com clima favorável para plantio e colheita da safra brasileira e americana neste ano, com El Niño no segundo semestre, bem como pela queda observada no preço de fertilizantes, após o choque observado do ano passado”, diz o banco.
O Itaú projeta ainda que a inflação de bens industriais fique em 3,3% e a de serviços, em 6,2%.
“O último grupo, mais inercial e com impacto de um mercado de trabalho ainda resiliente e com ritmo de alta de salários robusto, tende a mostrar trajetória de desinflação mais lenta e gradual, o que é compatível com o estágio atual do ciclo”, afirmam as economistas.