Com programa para carros, setor automotivo tem melhor mês desde 2020
Vendas de veículos leves subiram 24% no mês de julho, segundo a Anfavea. Resultado foi impulsionado por programa de desconto em carros
atualizado
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O setor automotivo teve em julho seu melhor mês de emplacamentos desde 2020, de acordo com novos dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Os resultados foram impulsionados pelo programa de créditos tributários para carros promovido pelo governo federal, além de descontos adicionais das montadoras para turbinar as vendas.
O mês de julho teve alta de 24% nas vendas em relação a julho de 2022 e de 19% frente ao mês anterior, segundo o balanço da Anfavea divulgado nesta segunda-feira (7/8).
O volume e média diária de emplacamentos foi o maior desde dezembro de 2020, segundo a associação. Além disso, o total de 225,6 mil autoveículos licenciados representou o maior patamar desde julho de 2019, antes da pandemia da Covid-19.
A medida do governo, no entanto, teve efeito sobretudo na redução dos estoques, e não em aumento da produção. A produção do setor em julho caiu 3,3% na comparação com o mês anterior, apesar dos descontos.
“Pelo nível de estoque que havia disponível, a produção de julho não teve o mesmo ritmo acelerado das vendas. O quadro foi de estabilidade nos números, a despeito de várias paradas de fábricas por férias coletivas, lay-offs e outros ajustes da oferta à demanda”, disse a Anfavea, em nota.
Recursos esgotados
No mês passado, logo após os primeiros resultados dos descontos do governo, o presidente da Anfavea já havia elogiado o programa e afirmado que “foi uma excelente medida de curto prazo para aquecer o mercado”.
O programa de descontos para veículos leves foi encerrado em 7 de julho, após o fim dos recursos previstos. Já o montante disponível para descontos em caminhões e ônibus ainda não se esgotou, de modo que o programa continua para essas faixas.
Inicialmente, foram disponibilizados R$ 500 milhões para descontos às pessoas físicas em carros de passeio de até R$ 120 mil. Com a alta demanda pelos recursos, o orçamento foi por fim ampliado para R$ 800 milhões, além da inclusão das compras por pessoas jurídicas, como locadoras.