Com PIB chinês abaixo das projeções do mercado, Bolsas da Ásia desabam
Índices das Bolsas de Valores de Tóquio, Seul, Hong Kong e da China Continental fecharam o dia com perdas, após frustração com PIB chinês
atualizado
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Os principais índices das Bolsas de Valores da Ásia fecharam em baixa nesta quarta-feira (17/1), após a divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2023.
A segunda maior economia do mundo encerrou o ano passado com uma expansão de 5,2%, ligeiramente acima da meta de 5% estipulada por Pequim, mas abaixo das estimativas do mercado, que variavam entre 5,5% e 5,6%.
Na Bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com perdas de 3,7%, aos 15,2 mil pontos.
Na China Continental, o índice Xangai Composto recuou 2,1%, aos 2,8 mil pontos.
A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, também registrou queda, encerrando o dia em baixa de 2,5%, aos 2,4 mil pontos.
Em Tóquio, o índice Nikkei teve perdas de 0,4%, aos 35,4 mil pontos.
Números da China
Na véspera, em discurso em Davos (Suíça), durante o Fórum Econômico Mundial, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, já antecipava a expansão do país em 5,2% no ano passado.
No quarto trimestre do ano passado, ainda de acordo com os dados oficiais, a economia da China cresceu 1%, também dentro das estimativas dos analistas.
Em 2023, o PIB do país atingiu o recorde de 126,06 trilhões de yuans (cerca de US$ 17,71 trilhões), segundo informações da agência oficial de notícias Xinhua.
As autoridades da China divulgaram os resultados de outros indicadores econômicos do país. A produção industrial avançou 4,6% no acumulado do ano passado, com alta de 6,8% em dezembro de 2023.
As vendas no varejo registraram um crescimento de 7,2%, na comparação anual. Apenas no último mês do ano, a alta anual foi de 7,4%.
A taxa média de desemprego na China ficou em 5,1% em dezembro e, no acumulado do ano, e 5,2%. Em relação a 2022, houve uma queda de 0,4 ponto percentual.