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Com mínima histórica, Credit Suisse derruba bolsas na Europa

Ações do Credit Suisse fecharam em queda de 24%, o pior resultado já registrado pelo banco; medo de crise global preocupa investidores

atualizado

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O temor generalizado de uma crise global no sistema bancário, com o derretimento das ações do Credit Suisse poucos dias após a falência de bancos nos Estados Unidos, derrubou as principais bolsas da Europa nesta quarta-feira (15/3).

Em um dia marcado por perdas desde o início da sessão em diversos países, as ações europeias registraram seu pior desempenho em mais de um ano.

O índice Stoxx Europe 600 fechou em queda de quase 3%, aos 436,45 pontos. Os papéis ligados ao setor bancário tombaram 7,1%, a maior perda diária dos últimos 12 meses.

As ações do Credit Suisse, que derreteram desde as primeiras horas do dia, fecharam em queda de 24,2% na Bolsa de Valores de Zurique, negociadas a 1,697 franco suíço (cerca de R$ 9,70), o pior resultado já registrado pelo banco. Durante a sessão, o tombo alcançou 30%.

Tamanha preocupação dos investidores com eventuais riscos para o sistema financeiro global se refletiu no desempenho dos principais índices das bolsas europeias. Em Londres, o índice Financial Times caiu 3,83%, a 7,3 mil pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX teve perdas de 3,58%, aos 6,8 mil pontos. Em Milão, o FTSE cedeu 4,61%, aos 25,5 mil pontos.

Em Madri, o índice Ibex-35 fechou o dia em queda de 4,37%, aos 8,7 mil pontos. Em Lisboa, o PSI20 registou uma desvalorização de 2,77%, aos 5,8 mil pontos.

Como noticiado mais cedo pelo Metrópoles, as ações do Credit Suisse derreteram após o principal acionista da instituição financeira, o Saudi National Bank (SNB), da Arábia Saudita, afastar a possibilidade de fazer aportes no banco, que passa por grave crise.

“A resposta é absolutamente não, por muitas razões além da razão mais simples, que é regulatória e estatutária”, afirmou o presidente do SNB, Ammar Al Khudairy, em entrevista à Bloomberg.

Na terça-feira (14/3), o Credit Suisse informou ter identificado “fragilidades materiais” em seus relatórios financeiros dos últimos dois anos. Os problemas teriam sido causados por “controles internos” ineficazes.

Desde o ano passado, o Credit Suisse enfrenta uma grande crise de confiança junto ao mercado. Há rumores de que o banco pode não conseguir honrar seus compromissos financeiros.

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