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Com inflação em queda, mercado reduz expectativa de aumento da Selic

De acordo com IBGE, o IPCA registrou deflação de 0,02% em agosto, o que diminui a pressão do mercado por elevação de juros no país

atualizado

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Imagem colorida de dado de madeira escrito Selic, que é a taxa básica de juros do Brasil - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de dado de madeira escrito Selic, que é a taxa básica de juros do Brasil - Metrópoles - Foto: Getty Images

A inflação registrou no mês de agosto a primeira taxa negativa desde junho de 2023, recuando -0,02%, numa queda de 0,40 ponto percentual em relação ao mês anterior – no caso, julho. Com o resultado, que ficou abaixo da previsão do mercado (de + 0,01), os analistas consideram que arrefeceu a perspectiva de aumento dos juros no Brasil, a Selic. A nova taxa será definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), na próxima semana, nos dias 17 e 18 de setembro. 

A Selic foi fixada em 10,50% ao ano pelo BC, mas, no mercado de Opções do Copom da Bolsa brasileira (B3), 75% dos investidores apostam em uma elevação de 0,25 ponto percentual da taxa. Além disso, 14% deles acreditam num aumento superior, de 0,50 ponto percentual. Uma minoria, ou 10% do total, crê na manutenção dos juros no atual patamar. 

Agora, porém, a expectativa de que a Selic não sofrerá alteração ganhou força. Na avaliação do economista Étore Sanchez, da Ativa Investimentos, a divulgação favorável da inflação nesta terça-feira (10/9) por parte do IBGE soma-se a “diversos fatores” positivos, como o cenário internacional. Nos Estados Unidos, a previsão é de corte dos juros na próxima semana.

“Todas as declarações de diretores do BC reafirmaram a dependência dos dados para a tomada de decisão, o que faz com que a surpresa baixista e estruturalmente benigna do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial do Brasil) deixe a possibilidade de manutenção da Selic bem viva”, diz Sanchez.

Núcleos surpreendem

Para o analista, a média dos núcleos da inflação (que eliminam os fatores mais voláteis do indicador) surpreendeu para baixo ao apresentar uma variação de 0,25% ante 0,27% projetados pela Ativa. “Assim, além de o índice geral ter surpreendido o mercado com um resultado inferior ao esperado, estruturalmente estamos diante de um dado marginalmente mais benigno”, afirma o especialista.

Para Andre Fernandes, especialista em renda variável e sócio da A7 Capital, apesar dos dados positivos do IPCA e com o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e a Europa cortando juros, os investidores brasileiros vão continuar pedindo a elevação da Selic. “O Banco Central do Brasil deve ponderar bem se vale a pena dar o aumento de juros que o mercado está pedindo ou se a manutenção, com o juros já em território restritivo, seria o melhor movimento”, diz Fernandes.

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