Com impulso da IA, Microsoft supera projeções e tem lucro de US$ 20 bi
O desempenho da Microsoft entre abril e junho representa um crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado
atualizado
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A Microsoft superou as projeções do mercado e registrou um lucro líquido de US$ 20,1 bilhões no segundo trimestre deste ano. Os resultados da companhia foram divulgados nesta terça-feira (25/7).
O desempenho da Microsoft entre abril e junho representa um crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 16,7 bilhões).
De acordo com o balanço divulgado no início da noite, a big tech teve lucro de US$ 2,69 por ação – acima das estimativas dos analistas consultados pela FactSet, que estimavam um ganho de US$ 2,55.
Ainda segundo o balanço da Microsoft, a receita obtida no trimestre encerrado em junho foi de US$ 56,2 bilhões, o que significa uma alta de 8% em relação ao segundo trimestre de 2022.
A força da inteligência artificial
A divisão de computação em nuvem da Microsoft foi um dos principais motores do crescimento da empresa, com um aumento de 16% na receita, na comparação com o mesmo período do ano anterior, para US$ 30,3 bilhões.
No ano passado, a Microsoft deu suporte à OpenAI, startup americana responsável pelo lançamento do ChatGPT, chatbot (robô de bate-papo) de inteligência artificial (IA).
Na semana passada, a Microsoft e a Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciaram uma parceria para oferecer o Llama 2, o sistema de IA desenvolvido pela empresa comandada pelo bilionário Mark Zuckerberg.
“Continuamos focados em liderar a nova mudança de plataforma de inteligência artificial, ajudando os clientes a usar o Microsoft Cloud para obter o máximo valor de seus gastos digitais e impulsionando a alavancagem operacional”, afirmou o CEO da companhia, Satya Nadella.
“Essa nova avenida de crescimento, em nossas estimativas, pode adicionar mais de US$ 8 bilhões em lucro líquido para Microsoft nos próximos anos”, afirma Richard Camargo, analista da Empiricus Research. “No geral, os números foram sólidos, mas não surpreendentes, como aconteceu no caso do Google. Em um ambiente econômico incerto como o atual, em que as empresas buscam otimizar ferramentas, a Microsoft é um dos fornecedores mais completos.”
Queda de ações
Apesar de superar as projeções no segundo trimestre, a Microsoft viu suas ações caírem nas negociações pós-fechamento do mercado regular, em Nova York. Por volta das 17h30 (pelo horário de Brasília), os papéis da empresa recuavam 0,75%.