Com “efeito Americanas”, Itaú tem lucro abaixo do esperado no 4º tri
Sem citar Americanas, Itaú diz que sofreu impacto de evento envolvendo “empresa de grande porte” que entrou em recuperação judicial
atualizado
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Sob impacto da crise na Americanas, o Itaú fechou o quarto trimestre do ano passado com um lucro recorrente gerencial de R$ 7,668 bilhões, abaixo do que o mercado esperava.
O resultado é 5,1% menor do que o registrado no terceiro trimestre. Já na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve alta de 7,1%.
O consenso Refinitiv estimava um lucro líquido de R$ 8,239 bilhões no período.
Efeito Americanas
Sem citar nominalmente a Americanas, o Itaú informou que a maior despesa de provisão se deu nos negócios de atacado. O banco citou “um evento subsequente ao fechamento relacionado a um caso específico de empresa de grande porte, que entrou em recuperação judicial”.
Ainda de acordo com o Itaú, “houve reforço na provisão para cobrir 100% da exposição, gerando um impacto de R$ 1,307 bilhão no custo do crédito, com a diferença da exposição sendo reconhecida na provisão complementar”.
Outros dados
A carteira de crédito do Itaú cresceu 2,7% em relação ao terceiro trimestre, para R$ 1,141 milhão.
A margem financeira gerencial total do banco foi de R$ 24,97 bilhões, o que representa uma alta de 17,8% na base de comparação anual.
Já a margem financeira com clientes subiu 21,7%, para R$ 24,227 bilhões.
A margem financeira com o mercado, por outro lado, recuou 42,5% na comparação anual. Em relação ao terceiro trimestre, no entanto, o aumento foi de 44,9%.
No acumulado de 2022, o lucro recorrente gerencial do Itaú foi de R$ 30,786 bilhões, uma alta de 14,5% em relação a 2021.
“No mesmo sentido, tivemos o impacto positivo da Selic e do maior volume de depósitos em nossa margem de passivos e da taxa de juros pré-fixada em nosso capital de giro próprio, parcialmente compensado por menores spreads na carteira de crédito”, diz o Itaú.