Com dívidas de R$ 43 bilhões, Oi entra em recuperação judicial pela 2ª vez
Pedido de nova recuperação judicial da Oi foi aceito pelo juiz Fernando Cesar Ferreira Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro
atualizado
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A Oi entrou, pela segunda vez em sua história, em recuperação judicial. A empresa de telecomunicações informou nesta sexta-feira (17/3) que o pedido apresentado à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro foi aceito pelo juiz Fernando Cesar Ferreira Viana, três meses após a conclusão do primeiro processo.
Em sua nova recuperação judicial, a Oi informou ter dívidas de R$ 43,7 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão são referentes a dívidas trabalhistas.
Em recuperação judicial, a empresa fica desobrigada de pagar aos credores por algum tempo, mas tem de apresentar um plano para acertar as contas e seguir em operação.
Em fevereiro, a empresa já havia obtido na Justiça uma proteção judicial contra credores, o que a permitiu deixar de pagar dívidas e sofrer execuções por 30 dias.
Dias depois, a Oi entrou, em Nova York, com um novo pedido de proteção judicial contra credores, por meio de um instrumento denominado “Chapter 15”, a Lei de Falências dos Estados Unidos. A regra permite às empresas estrangeiras terem seu processo estendido nos EUA, protegendo ativos que possuem no país.
“O ajuizamento do pedido de recuperação judicial é um passo crítico na direção da reestruturação financeira e na busca da sustentabilidade de longo prazo da companhia e de suas subsidiárias. A companhia reafirma que continuará mantendo regularmente suas atividades”, afirmou a Oi em comunicado.
A empresa entrou em recuperação judicial pela primeira vez em 2016, com dívidas acumuladas de R$ 65 bilhões. O processo foi encerrado apenas em dezembro de 2022, após seis anos.