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Com demissões nos EUA, LinkedIn vive “boom” de novos usuários

Em 2022, o aplicativo móvel do LinkedIn foi baixado cerca de 58,4 milhões de vezes, o que representa um aumento de 10% em relação a 2021

atualizado

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Depois de um ano marcado por sucessivas ondas de demissões no mercado de trabalho dos Estados Unidos, especialmente em algumas das maiores empresas de tecnologia do planeta, o LinkedIn vem experimentando um “boom” no número de usuários e buscas pela plataforma, o que acaba gerando aumento de receita.

De acordo com dados da Microsoft, o LinkedIn registrou ganhos de 17% no terceiro trimestre do ano passado, na comparação com o mesmo período de 2021. O levantamento mostrou ainda que a plataforma teve “engajamento recorde” entre seus 875 milhões de usuários no período, movimento impulsionado, principalmente, pelo crescimento acelerado nos mercados internacionais.

Em novembro, segundo o próprio LinkedIn, os usuários utilizaram a plataforma, em média, por um tempo 17% maior do que no mesmo período do ano anterior.

Perfil qualificado

De acordo com um relatório da empresa de pesquisa Sensor Tower, as demissões generalizadas nas big techs têm potencial para levar ao que vem sendo chamado de “recessão do colarinho branco” – em alusão aos profissionais com boa qualificação que estão ficando disponíveis no mercado.

Esse movimento acaba desaguando no LinkedIn, que, desde o ano passado, vem sendo ainda mais acessado. Ex-funcionários da Meta, controladora do Facebook, que demitiu mais de 11 mil profissionais em novembro, criaram um grupo no LinkedIn que hoje já conta com mais de 200 membros de diversas partes do mundo.

Em 2022, o aplicativo móvel da plataforma foi baixado cerca de 58,4 milhões de vezes, em todo o mundo, nas lojas de aplicativos Google Play e Apple. O número representa um aumento de 10% em relação a 2021.

A quantidade de perfis no LinkedIn se apresentando como “open to work” (“aberto para trabalhar”, na tradução para o português) teve alta de 22% em novembro do ano passado, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O LinkedIn informa ainda que, em 2022, registrou um aumento significativo na quantidade de usuários adicionando novas conexões, o que indica atividade maior na plataforma.

“Houve um aumento no uso do LinkedIn desde a pandemia de Covid-19”, afirmou Jennifer Grygiel, professora associada e especialista em mídia social da Syracuse University, em entrevista à CNN.

“As pessoas estavam em isolamento social e trabalhavam remotamente. Então, houve uma mudança nas possibilidades de networking na vida real”, concluiu.

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