Com crise imobiliária, China anuncia isenção para casas populares
Segundo o Ministério das Finanças da China, terrenos usados para projetos desse tipo estarão isentos dos impostos urbano e rural
atualizado
Compartilhar notícia
Em meio a uma profunda crise no mercado imobiliário do país, o Ministério das Finanças da China anunciou, na quinta-feira (28/9), isenções tributárias para a construção de moradias populares.
Segundo o governo chinês, os terrenos usados para projetos desse tipo estarão isentos do pagamento dos impostos urbano e rural. Também haverá uma isenção proporcional, caso a habitação construída integre projetos comerciais de moradia.
As medidas entrarão em vigor no dia 1º de outubro, informou a pasta.
Recentemente, o governo da China já havia anunciado a prorrogação da isenção sobre o imposto predial para apartamentos de estudantes universitários.
A crise do mercado imobiliário da China
Reportagem publicada pelo Metrópoles em agosto mostrou que o mercado imobiliário chinês enfrenta uma grave crise.
O risco é o de um efeito dominó que afete a já abalada confiança dos consumidores, as contas das províncias e o setor financeiro chinês. Nos últimos três anos, ao menos 50 incorporadoras chinesas deram calote ou atrasaram pagamentos, segundo a agência de risco Standard & Poor’s.
O país tem sofrido com uma forte desaceleração econômica, com desemprego recorde entre os jovens e uma demanda fraca por bens e serviços, que desaqueceu o mercado. Em julho, a China registrou sua primeira deflação desde fevereiro de 2021, como reflexo da diminuição generalizada do consumo.
Depois de uma série de medidas para estimular a economia, Pequim teve algumas notícias auspiciosas nos últimos dias. Setores como indústria, varejo e serviços tiveram índices positivos em agosto, o que pode ser o início de uma reação. A venda de imóveis, contudo, recuou 1,5% nos oito primeiros meses do ano, agravando a situação do combalido mercado imobiliário local.