Cocaína deve superar petróleo nas exportações da Colômbia, diz estudo
Análise aponta que, enquanto comércio internacional da droga se expande, venda do óleo caiu 30% no primeiro semestre
atualizado
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A cocaína está perto de se tornar o principal produto de exportação da Colômbia, ultrapassando o petróleo. A estimativa foi feita pela Bloomberg Economics. A consultoria projeta que a droga tenha sido responsável por 5,3% do PIB do país no ano passado.
O relatório aponta que as exportações da droga alcançaram US$ 18,2 bilhões em 2022. A receita com as vendas internacionais de petróleo ficou em US$ 19,1 bilhões.
O economista responsável pelo estudo, Felipe Hernandez, observa que, em 2023, a tendência tem sido de queda no mercado de petróleo, que já encolheu 30% no primeiro semestre. A produção de cocaína, em contrapartida, ganha espaço no país.
A análise da Bloomberg indica que o presidente colombiano Gustavo Petro tem implantado uma nova política em relação ao tráfico de cocaína no país. Ela tem como prioridade atingir com maior intensidade os traficantes do que os produtores da coca, considerados o elo mais frágil da cadeia.
Um relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime publicado nesta semana, contudo, mostrou que a produção de cocaína na Colômbia somou 1.738 toneladas em 2022, o nível mais alto desde 1991. A área ocupada com plantações de coca aumentou 13% em relação ao ano anterior e chegou a 230 mil hectares, uma vez e meia maior que a cidade de São Paulo.