“Coadjuvantes” do agro, indústria anda de lado e serviços crescem 0,6%
Indústria ficou praticamente estável no primeiro trimestre, com ligeira queda de 0,1%, enquanto setor de serviços avançou 0,6%
atualizado
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A disparada do agro foi o principal motor para o crescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre deste ano. O desempenho de outros setores da economia nacional, como indústria e serviços, foi discreto, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (1º/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Enquanto a agropecuária teve um avanço de 21,6% nos três primeiros meses do ano, a indústria continuou andando de lado e ficou próxima da estabilidade, com ligeiro recuo de 0,1% no período. O setor de serviços, por sua vez, avançou timidamente (0,6%).
Entre as atividades industriais, houve queda em construção (-0,8%) e indústrias de transformação (-0,6%). Por outro lado, indústrias extrativas (+2,3%) e eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (+1,7%) avançaram.
“A queda na indústria de transformação foi influenciada pelas quedas de bens de capital e bens intermediários, enquanto a atividade de eletricidade e água, gás, esgoto, atividades de gestão de resíduos subiu, visto que estamos em um momento de boas condições hídricas, sem escassez”, explicou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Nos serviços, houve crescimento em transporte, armazenagem e correio (+1,2%), intermediação financeira e seguros (+1,2%) e administração, saúde e educação pública (+0,5%), além de variações positivas no comércio (+0,3%) e atividades imobiliárias (+0,3%).
Por outro lado, os segmentos de informação e comunicação (-1,4%) e outros serviços (-0,5%) recuaram.
“A queda dessa atividade (informação e comunicação) pode ser explicada, em grande parte, por uma base de comparação alta. Foi a atividade que mais cresceu depois da pandemia, se encontra 22,3% acima do patamar do quarto trimestre de 2019”, afirmou Palis.