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Chuvas impactaram 19 mil famílias rurais e produção agrícola do RS

De acordo com levantamento de secretaria estadual, culturas de grãos, hortaliças, frutas e criações de animais foram afetadas pelas chuvas

atualizado

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Ruy Conde/MDHC
Canoas no Rio Grande do Sul 4
1 de 1 Canoas no Rio Grande do Sul 4 - Foto: Ruy Conde/MDHC

As intensas chuvas em abril e maio no Rio Grande do Sul afetaram 19.190 famílias rurais, de 9.158 localidades de 456 municípios, ao causar danos em casas, galpões, armazéns, silos, estufas e aviários. O escoamento da produção de 4.548 comunidades também foi afetado pela situação das estradas. As informações constam em um comunicado da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Estado divulgado nesta terça-feira (18/6).

Segundo o documento, “a produção primária foi severamente afetada pelas chuvas e houve perdas significativas em várias culturas”. Culturas de verão de grãos, produtos armazenados e plantios iniciais de inverno foram prejudicados. Na região metropolitana, as chuvas e cheias extremas causaram “danos severos” na horticultura e fruticultura.

O boletim informa que a maior parte das lavouras de verão já tinha sido colhida antes das chuvas, mas as lavouras remanescentes foram afetadas. Foram perdidas 2,7 milhões de toneladas de soja, 721 mil toneladas de milho silagem, 354 mil toneladas de milho, 160 mil toneladas de arroz e 18 mil toneladas de feijão, segundo o documento.

Na fruticultura, os maiores impactos foram nos citros, uma vez que as chuvas coincidiram com a fase final de frutificação e colheita. Conforme informou a secretaria, mais de 8 mil produtores de frutíferas foram afetados e as culturas citros (região dos Vales), banana (região da Encosta da Serra) e maçã (Campos de Cima da Serra) foram consideradas as mais prejudicadas.

Outros 8.049 produtores de hortaliças perderam parte da produção ou tiveram redução da qualidade. Segundo o levantamento, as maiores perdas ocorreram nas culturas de batata, brócolis, aipim, batata doce, alface e repolho.

O impacto nas pastagens também foi extenso, de acordo com o comunicado. Foram 32.409 produtores afetados, com perdas de 67% de silagem, 49% de pastagem cultivada e 45% de pastagem nativa, “comprometendo seriamente a capacidade de sustento dos rebanhos, refletindo negativamente na economia local e no abastecimento de produtos de origem animal”.

A mortalidade de animais impactou 3.711 criadores, de acordo com a Seapi. Foram 1,2 milhões de aves comerciais, 14,8 mil bovinos de corte, 14,8 mil suínos, 2,4 bovinos de leite, 938 toneladas de perdas na piscicultura e 16 mil caixas de apicultura comercial.

A produção de leite sofreu com impossibilidade de ordenha e falta de acesso às propriedades, que prejudicaram 7.450 produtores com uma perda diária de 1,4 milhão de litros de leite.

Os produtores gaúchos reportaram à secretaria severos impactos no solo, como erosão e perda de fertilidade. Segundo o levantamento 2,7 milhões de hectares de solo foram impactados pelas enchentes.

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