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China corta juros e deixa de divulgar dados de desemprego entre jovens

Em junho, o desemprego entre os jovens chineses foi de 21,3%, o maior patamar da série histórica. Economia da China acende alerta no mundo

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1 de 1 Fotografia de uma bandeira da China - Metrópoles - Foto: Russell Monk/Getty Images

O Serviço Nacional de Estatísticas da China anunciou que deixará de divulgar “temporariamente” os dados sobre o desemprego entre os jovens no país, que recentemente atingiu o maior patamar desde que começou a ser anunciado, em 2018.

Em junho deste ano, o desemprego entre os jovens chineses foi de 21,3%. Analistas avaliam que o índice ajuda a explicar o desempenho abaixo do esperado da economia do país asiático, que sofre com o baixo nível de consumo.

Os dados de desemprego deveriam ter sido divulgados na terça-feira (15/8), assim como os resultados do comércio e da indústria.

As vendas do varejo na China avançaram 2,5% em julho, na comparação com o mês anterior, enquanto a produção industrial cresceu 3,7%. Ambos os resultados vieram abaixo das expectativas do mercado.

O índice de desemprego total no país ficou em 5,3% em julho, ante 5,2% em junho deste ano.

Corte de juros

Pouco antes da divulgação dos dados do varejo e da indústria, o Banco do Povo da China (Banco Central do país) anunciou um inesperado corte nas taxas de juros, para tentar impulsionar a atividade econômica.

Os juros para os empréstimos de um ano, que são a principal referência do mercado local, foram reduzidos em 0,15 ponto percentual, para 2,5% ao ano. Foi o maior corte da taxa de juros na China desde o auge da pandemia de Covid-19.

O “dragão” desacelera

Reportagem publicada pelo Metrópoles no fim de semana mostrou que os dados mais fracos da segunda maior economia do mundo acenderam um alerta no planeta.

Quando a China anunciou o fim gradual de sua política de “Covid zero”, que fez o país ter quarentenas severas por três anos, a expectativa era que a economia decolaria rapidamente. O governo definiu uma meta de crescimento de 5% para 2023 e o alvo chegou a ser visto como bastante moderado para os  chineses.

Ainda que frentes como o setor de serviços tenham, de fato, se reerguido no começo do ano, a projeção é que a meta será atingida com mais dificuldade.

“Criou-se uma expectativa de que a China fosse ser o carro chefe da economia global neste ano, mas os números têm decepcionado até agora”, diz André Cordeiro, economista sênior do Banco Inter.

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