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China: após susto com deflação, índice de preços vai a 0,1% em agosto

Deflação registrada em julho, a primeira em 2 anos, acendeu alerta para o desaquecimento da economia. Gigante asiático está em desaceleração

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Fotografia de uma bandeira da China - Metrópoles
1 de 1 Fotografia de uma bandeira da China - Metrópoles - Foto: Russell Monk/Getty Images

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na China, que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,1% em agosto, de acordo com dados divulgados neste sábado (9/9) pelo Escritório Nacional de Estatísticas do gigante asiático.

O resultado vem depois da primeira deflação registrada pela China em mais de dois anos (-0,3% em julho). Deflação é a queda média de preços de produtos e serviços, que ocorre de forma contínua. Trata-se de uma “inflação negativa” – ou seja, abaixo de zero.

A deflação na China havia acendido o sinal de alerta no mundo. Uma deflação pode ser pontual ou estrutural, o que implica efeitos benéficos ou prejudiciais para a economia de um país, dependendo de suas origens e de sua duração.

Em um primeiro momento, a queda de preços é positiva para o consumidor, que vê seu poder de compra aumentar em relação a alguns produtos ou serviços.

Uma deflação mais duradoura, no entanto, pode ser um risco para a economia. Com expectativa por queda constante de preços, as pessoas tendem a adiar as compras, o que pode desaquecer o mercado.

É o que o mercado temia que estivesse ocorrendo na China, a segunda maior economia do mundo. Para analistas, a deflação era explicada justamente pela redução das compras por parte da população chinesa, enquanto as exportações perdiam fôlego diante da desaceleração da economia global.

O resultado da inflação chinesa em agosto veio praticamente em linha com as expectativas do mercado, que ficavam entre 0,1% e 0,2%.

Já o Índice de Preços ao Produtor (IPP), também divulgado neste sábado, recuou 3% em relação ao mesmo período do ano passado. Em julho, a queda havia sido de 4,4%.

O dragão desacelera

Na segunda-feira (4/9), o principal órgão de planejamento econômico do governo chinês anunciou que vai colocar em prática uma série de medidas para reforçar a economia privada do país, em meio à desaceleração dos últimos meses.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços, divulgado no dia seguinte, registrou forte queda em agosto, de 54,1 para 51,8 pontos, segundo dados da S&P Global.

Na semana passada, o governo chinês havia informado que reduziria as taxas para compras de imóveis. O mercado imobiliário do gigante asiático vem enfrentando graves dificuldades.

Há duas semanas, o Banco do Povo da China (o Banco Central chinês) já havia se comprometido com um maior apoio à atividade econômica do país. A autoridade monetária anunciou um corte nas taxas de juros, para tentar impulsionar a atividade econômica.

Os juros para os empréstimos de um ano, que são a principal referência do mercado local, foram reduzidos em 0,15 ponto percentual, para 2,5% ao ano. Foi o maior corte da taxa de juros na China desde o auge da pandemia de Covid-19.

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