metropoles.com

China: ações da Evergrande seguem em queda livre com novo calote

Hengda Real Estate, subsidiária da Evergrande, deixou de honrar um pagamento 4 bilhões de yuans (cerca de US$ 547 milhões). Papéis desabaram

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/SOPA images via Getty Images
HONG KONG, CHINA - 2021/09/20: China Evergrande Centre sign seen on the front of their building. Fears of China property group Evergrande defaulting on debt have investors worried about the potential impact on the wider global economy. These concerns dragged Hong Kong stocks towards to a one-year low. (Photo by Katherine Cheng/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)
1 de 1 HONG KONG, CHINA - 2021/09/20: China Evergrande Centre sign seen on the front of their building. Fears of China property group Evergrande defaulting on debt have investors worried about the potential impact on the wider global economy. These concerns dragged Hong Kong stocks towards to a one-year low. (Photo by Katherine Cheng/SOPA Images/LightRocket via Getty Images) - Foto: Reprodução/SOPA images via Getty Images

As ações da Evergrande, uma das maiores empresas do setor imobiliário na China, continuaram despencando na Bolsa de Hong Kong nesta terça-feira (26/9), em meio à preocupação dos investidores com um novo calote da companhia.

Em comunicado, a Evergrande afirmou que a subsidiária Hengda Real Estate é alvo de uma investigação da Comissão Reguladora de Valores da China por supostamente violar as normas de divulgação de informações. Para piorar o quadro, a subsidiária deixou de honrar um pagamento 4 bilhões de yuans (cerca de US$ 547 milhões).

De acordo com a Evergrande, a investigação envolvendo a Henga Real Estate impede que a empresa emita novos títulos.

“Os detentores de títulos e potenciais investidores da empresa são aconselhados a ter cautela ao negociar os valores mobiliários da companhia”, diz a incorporadora.

É a segunda vez em seis meses que a Henga Real Estate suspende um pagamento. Em março deste ano, a empresa já havia deixado de pagar os juros de 5,8% relativos a um título emitido em 2020.

A repercussão entre os investidores foi péssima. Na segunda-feira (25/9), as ações da Evergrande em Hong Kong desabaram mais de 25%. Nesta terça, os papéis continuaram em queda e encerraram o pregão com um tombo de mais de 8%.

Proteção contra falência

Em meados de agosto, a Evergrande pediu proteção contra a falência nos Estados Unidos.

A companhia recorreu a um instrumento denominado Chapter 15, da Lei de Falências dos Estados Unidos, que trata de processos internacionais de recuperação judicial que tiveram início em outros países.

A regra permite às empresas estrangeiras terem seu processo estendido aos EUA, protegendo ativos que possuem no país.

O pedido da construtora chinesa se refere a procedimentos de reestruturação em Hong Kong e nas Ilhas Cayman.

A Evergrande tenta, há meses, concluir um plano de reestruturação de sua dívida. Em abril, a companhia informou que não contava com o apoio necessário dos credores para colocar o plano em prática.

Na semana passada, a Sunac, outra grande empresa do setor imobiliário chinês, também apresentou um pedido de proteção contra falência nos EUA. No fim do ano passado, as dívidas da Sunac giravam em torno de 1 bilhão de yuans, o equivalente a US$ 137 milhões.

A crise do mercado imobiliário da China

Reportagem publicada pelo Metrópoles em agosto mostrou que o mercado imobiliário chinês enfrenta uma grave crise.

O risco é o de um efeito dominó que afete a já abalada confiança dos consumidores, as contas das províncias e o setor financeiro chinês. Nos últimos três anos, ao menos 50 incorporadoras chinesas deram calote ou atrasaram pagamentos, segundo a agência de risco Standard & Poor’s.

O país tem sofrido com uma forte desaceleração econômica, com desemprego recorde entre os jovens e uma demanda fraca por bens e serviços, que desaqueceu o mercado. Em julho, a China registrou sua primeira deflação desde fevereiro de 2021, como reflexo da diminuição generalizada do consumo.

Depois de uma série de medidas para estimular a economia, Pequim teve algumas notícias auspiciosas nos últimos dias. Setores como indústria, varejo e serviços tiveram índices positivos em agosto, o que pode ser o início de uma reação. A venda de imóveis, contudo, recuou 1,5% nos oito primeiros meses do ano, agravando a situação do combalido mercado imobiliário local.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?