metropoles.com

Catástrofe no RS pode ter pesado na decisão do Copom, diz economista

Para André Braz, do FGV Ibre, inflação vem comportada, mas chuvas no Sul comprometem parcela da safra, o que pode pressionar preços

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Força Aérea Brasileira
Áreas residênciais alagadas no Rio Grande do Sul após chuvas intensas. 8,3 mil pessoas deixaram suas casas em 76 municípios da região do RS 1- Metrópoles
1 de 1 Áreas residênciais alagadas no Rio Grande do Sul após chuvas intensas. 8,3 mil pessoas deixaram suas casas em 76 municípios da região do RS 1- Metrópoles - Foto: Força Aérea Brasileira

Para o economista André Braz, coordenador de índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), há no cenário atual uma coleção maior de fatores favoráveis ao corte de juros de 0,25 ponto percentual da Selic do que à redução de 0,50 ponto percentual. E essa lista inclui, observa o especialista, a recente catástrofe provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul (RS).

Na avaliação de Braz, os elementos que pressionam pela redução de 0,25 ponto, que foi a opção adotada nesta quarta-feira (8/5) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), reúnem três questões básicas. A lista inclui a guerra no Oriente Médio e a política monetária americana, que optou por manter os juros altos nos Estados Unidos. Isso além das incertezas provocadas pela mudança da meta fiscal para 2025 e 2026, anunciada pelo governo no mês passado.

Em contrapartida, destaca Braz, a inflação está desacelerando de forma consistente no Brasil e tem grande peso na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). “Mas esse fator fica enfraquecido com as chuvas”, diz o economista. “Mesmo porque o Rio Grande do Sul responde por 14% da safra nacional.”

Emerson Marçal, coordenador do Centros de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo, da FGV, observa outros elementos também justificam o corte de 0,25%. Ele cita o mercado de trabalho forte e taxas baixas de desemprego – indícios de uma economia aquecida –, o risco fiscal da execução das metas fiscais e uma sinalização de uma política monetária mais conservadora.

Espaço para 0,5 ponto

Para o economista Márcio Holland, professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP) e ex-secretário de Política Econômica no Ministério da Fazenda (2011-2014), havia, porém, espaço para mais uma redução de 0,5 ponto. “Mas ela teria de ser seguida por cortes menores”, diz. “Com isso, a política monetária manteria a taxa de juros ainda no campo contracionista.”

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?