Caso Braiscompany: operação da PF investiga movimentação de R$ 1,5 bi
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Campina Grande e Assunção (PB) e em São Paulo (SP); Braiscompany é investigada
atualizado
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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (18/4) a Operação Select, que tem como alvo a empresa paraibana de criptomoedas Braiscompany, suspeita de praticar crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais.
Nesta manhã, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Campina Grande e Assunção (PB) e em São Paulo (SP).
De acordo com os investigadores, nos últimos quatro anos teriam sido movimentados R$ 1,5 bilhão em criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos. Eles devem responder por crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, a Select é um desdobramento da Operação Halving, deflagrada em fevereiro deste ano. O objetivo dos agentes é apreender provas de que haveria uma organização criminosa supostamente liderada por sócios da empresa, que estão foragidos.
Como o Metrópoles mostrou em reportagens publicadas no início do ano, a Braiscompany “aluga” bitcoins de clientes. Os criptoativos ficam custodiados em uma carteira gerida pela companhia. Em troca, ela oferece retornos com taxas que podem variar de 6% a 8% ao mês.
Clientes afirmam que, ao menos desde dezembro de 2022, os depósitos dos rendimentos estão atrasados. O problema pode atingir cerca de 12 mil investidores de todos os portes e um montante de R$ 600 milhões, embora sua real dimensão ainda seja desconhecida.
Desde o fim de janeiro, o Ministério Público da Paraíba (MP-PB) apura denúncias contra a Braiscompany. A análise do MP tomou como base acusações feitas por investidores que não estão recebendo os rendimentos estabelecidos em contrato feitos com a companhia.