Campos Neto: “Taxa de juros no Brasil sempre foi muito alta”
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano
atualizado
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que participa de uma sessão especial do Senado nesta quinta-feira (10/8), reconheceu que a taxa básica de juros do Brasil (Selic) é alta, mas ressaltou que, no passado, ela já foi muito maior.
Aos senadores, Campos Neto disse que “a taxa de juros no Brasil sempre foi muito alta”. “Ela foi, em grande parte dos anos, a mais alta do mundo ou uma das mais altas”, afirmou o chefe da autoridade monetária.
“Há um clamor sobre a taxa de juros, mas, se olharmos o passado, ela já foi muito mais alta”, prosseguiu Campos Neto.
O presidente do BC citou as reformas estruturantes aprovadas nos últimos anos como um fator que contribui para a redução da taxa de juros no país.
“As reformas que têm sido feitas têm possibilitado ao Brasil trabalhar, na média, com juros nominais e reais mais baixos, quando olhamos os últimos anos”, disse Campos Neto aos senadores.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu, por 5 votos a 4, reduzir os juros básicos para 13,25% ao ano. O “voto de minerva”, que sacramentou a redução de 0,5 ponto percentual, foi dado por Campos Neto. Quatro votos foram pela redução de 0,25 ponto percentual.
Foi a primeira queda da Selic em três anos. A taxa básica de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação.