Campos Neto sobre nota de crédito do Brasil: “Tem um pedaço do BC”
Roberto Campos Neto, presidente do BC, diz que autoridade monetária tem uma parcela de responsabilidade pelo aumento do “rating” do Brasil
atualizado
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira (10/8), ao participar de uma sessão especial do Senado, que a elevação da nota de crédito do Brasil por algumas das principais agências de classificação de risco do mundo se deve, em parte, ao trabalho desenvolvido pela autoridade monetária.
No fim de julho, a Fitch aumentou o “rating soberano” do país, de “BB-” para “BB”, com perspectiva estável. Dias depois, a DBRS Morningstar também elevou a nota brasileira.
A decisão é um termômetro importante para o mercado financeiro porque indica que a agência de classificação vê o Brasil com maior capacidade de honrar seus compromissos financeiros.
“Vejo muita comemoração pela melhora nas notas do Brasil. Todos mencionam a autonomia do BC e a política de juros do BC como um fator decisivo. A Moody’s mencionou, a S&P mencionou e a Fitch mencionou”, afirmou Campos Neto aos senadores.
“A autonomia do BC e essa capacidade do BC de gerir a crise de forma autônoma e técnica têm mostrado grandes frutos”, prosseguiu Campos Neto. “Por trás de cada comemoração, tem sempre um pedaço do BC. Eu gostaria que isso não fosse esquecido.”