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Campos Neto sobre IPCA: inflação de serviços foi “um pouco melhor”

Um dia depois de manifestar preocupação com a inflação de serviços, Roberto Campos Neto, do BC, destacou a desaceleração do indicador

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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
1 de 1 Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, comentou nesta sexta-feira (11/8) o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, divulgado mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação no país ficou em 0,12% no mês passado, voltando a subir depois de ter recuado 0,08% em junho. No acumulado de 12 meses, até julho, a inflação foi de 3,99%. No ano, a inflação acumulada é de 2,99%.

O resultado veio acima das estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa inflação mensal de 0,07% e, no acumulado de 12 meses, um índice de 3,93%.

Apesar de o IPCA ter voltado a subir, a inflação de serviços, que vinha em alta e preocupava o Banco Central (BC), desacelerou entre junho e julho, de 0,62% para 0,25%. Segundo analistas ouvidos pelo Metrópoles, esta é a melhor notícia do levantamento do IBGE.

Essa é a mesma avaliação de Campos Neto. Ao participar de um seminário promovido Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná, nesta manhã, o presidente do BC destacou a desaceleração da inflação de serviços em julho.

“A gente se preocupa um pouco com essa inflação de serviços. O núcleo de serviços, retirando a volatilidade, ainda está bem acima da meta, em 6,5%. Mas entendemos que esse é um processo. E o número de hoje, nessa parte de serviços, foi até um pouco melhor”, afirmou Campos Neto.

“Olhando a inflação no Brasil, o IPCA veio um pouco acima do que o mercado esperava. A gente está olhando ainda o número por dentro. Mas a gente vê a inflação voltando para a meta. A gente olha a inflação em 12 meses, ela é um pouco ‘poluída’ porque houve a desoneração no ano passado, no segundo semestre, que jogou a inflação muito para baixo”, completou.

Na quinta-feira (10/8), ao participar de uma sessão especial do Senado, Campos Neto havia manifestado a preocupação do BC com a resiliência da inflação de serviços. Segundo o chefe da autoridade monetária, “a inflação de serviços tem caído, mas ainda se encontra em um patamar bem acima da média”.

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