metropoles.com

Campos Neto: “Quanto maior a independência do BC, menor é a inflação”

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, fez mais uma defesa enfática da autonomia da autoridade monetária no Brasil

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
1 de 1 Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, fez mais uma defesa enfática da autonomia da autoridade monetária no Brasil.

Nesta quarta-feira (27/9), ao participar de uma audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, Campos Neto disse que quanto maior é a independência do BC, menor é a inflação – não só no Brasil, mas em outros países que adotam o modelo.

“Quanto maior o grau de independência do BC, menor é a inflação”, afirmou o presidente do BC, que apresentou um estudo com dados de diversos países da América Latina no período de quase um século, entre 1922 e 2021.

“Alguns países preferiram não seguir o regime de autonomia do BC. A Argentina é um exemplo claro e mais recente. Primeiro, eles aumentaram a meta de inflação com a percepção falsa de que isso geraria mais grau de liberdade”, disse Campos Neto. “A gente vê o que aconteceu com a moeda na Argentina quando a autonomia do BC e o sistema de metas foram abandonados.”

Em fevereiro de 2021, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou o projeto que deu autonomia ao BC e, assim, limitou a influência do Executivo sobre as decisões relacionadas à política monetária.

Pela regra vigente desde então, os mandatos do chefe do BC e do titular do Palácio do Planalto não são mais coincidentes. O presidente do banco assumirá sempre no primeiro dia útil do terceiro ano de cada governo. Assim, o chefe do Executivo federal só poderá efetuar uma troca no comando do BC a partir do terceiro ano de gestão. No caso de Lula, isso só acontecerá em 2025.

“Quem determina a meta de inflação é o governo. O nosso trabalho, no BC, é operacional de perseguir a meta que o governo determina. Recentemente, houve uma mudança na meta para uma meta contínua, em vez da meta de ano-calendário”, concluiu Campos Neto.

A meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%. Para 2024, 2025 e, agora, 2026, a meta é de 3%.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?