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Campos Neto prega autonomia do BC após crítica de “ditadura monetária”

Presidente do BC disse que medida é um “passo natural” para o órgão. Gleise Hoffmann, presidente do PT, contestou proposta no fim de semana

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imagem colorida presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
1 de 1 imagem colorida presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou a defender a ampliação da autonomia da instituição, em evento realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), nesta segunda-feira (4/3). “Esse é um tema técnico, um passo natural”, disse, ressaltando que não queria “gerar ruído na mídia” ao abordar o assunto. 

Desde o fim do ano passado, tramita no Congresso Nacional a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 65/2023), que amplia a autonomia do BC. Se aprovado o texto, o órgão deixará de ser uma autarquia federal com orçamento vinculado à União. Nesse caso, o BC passará a ser uma empresa pública com autonomia financeira e orçamentária.

O debate, contudo, tem provocado forte polêmica – notadamente, entre integrantes do governo. No fim de semana, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, criticou a medida, em postagem feita no X (ex-Twitter). A deputada federal afirmou que o projeto tem como objetivo “submeter o Brasil a uma ditadura monetária”.

Na capital paulista, questionado por integrantes da Associação Comercial, Campos Neto observou que a autonomia do Banco Central tem “três dimensões”. Na operacional, ela já ocorreu. Agora, a ideia é avançar nas áreas administrativa e financeira. 

Manutenção dos quadros

O presidente do BC considera que, entre outros motivos, tal avanço é fundamental para manter o atual quadro de funcionários do órgão e ampliá-lo. “Para ter um processo em que o Banco Central esteja mais inserido na tecnologia, precisamos de programadores”, disse, citando um exemplo da necessidade de contar com novos quadros. “Hoje, 90% dos bancos centrais que têm autonomia operacional também têm autonomia financeira. Vamos divulgar em breve um documento mostrando a comparação com outros países.”

O presidente do BC acrescentou que essa é uma “conversa técnica”. Disse, porém, que se o tema for explicado da forma correta as pessoas vão entendê-lo. “É um avanço para o país e para o governo”, afirmou. 

Ele destacou ainda que os funcionários do BC estão “comprados (ou seja, são favoráveis à mudança) para o processo de autonomia” e que o tema foi discutido com a diretoria do órgão e aprovado por unanimidade. Ele notou que “o primeiro teste (o da autonomia operacional) foi o mais difícil”, mas é preciso “planejar com um horizonte de tempo mais longo”.

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