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Campos Neto nega que tenha falado em diminuir ritmo de corte da Selic

“Em nenhum momento, nem remotamente, eu falei algo parecido com o que foi interpretado”, afirmou Roberto Campos Neto, presidente do BC

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Imagem de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, durante palestra. Ele veste um terno escuro, sem gravata, e camisa branca - Metrópoles
1 de 1 Imagem de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, durante palestra. Ele veste um terno escuro, sem gravata, e camisa branca - Metrópoles - Foto: Reprodução/YouTube

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, aproveitou sua participação em um seminário promovido pelo Credit Suisse, em São Paulo, nesta quarta-feira (18/10), para negar que tenha indicado que o ritmo de redução da taxa básica de juros (Selic) pode ser retardado nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

As supostas declarações de Campos Neto repercutiram no mercado financeiro e também entre o governo.

Segundo informações publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, Campos Neto teria dito, durante reunião com investidores na semana passada, que a probabilidade de desaceleração do ritmo de queda da Selic, de 0,5 ponto percentual para 0,25 ponto percentual, era maior do que a chance de um aumento do ritmo de cortes para 0,75 ponto percentual.

“Em nenhum momento, nem remotamente, eu falei algo parecido com o que foi interpretado. A pergunta tinha sido se havíamos colocado a parte internacional como um fator no balanço de risco. É óbvio que houve uma piora adicional”, afirmou Campos Neto nesta quarta.

“Teve uma pergunta sobre se isso diminui a probabilidade de (redução de) 0,75 ponto percentual. É óbvio que sim. Mas em nenhum momento eu disse que uma coisa era mais provável que a outra. Se um dia eu falasse sobre isso, jamais seria em uma reunião fechada”, prosseguiu o presidente do BC. “Não fazemos isso em reuniões fechadas. Jamais.”

Campos Neto afirmou, ainda, que o atual ritmo de cortes da Selic tende a ser mantido nas próximas reuniões do Copom.

“A gente entende ainda que 0,50 é um ritmo apropriado. Vamos discutir na reunião do Copom, diante das variáveis, e comunicar se houver uma perspectiva de que alguma coisa mudou. Esse não é o nosso cenário hoje”, concluiu.

Na semana passada, questionado sobre as supostas declarações de Campos Neto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que conversaria com o chefe do BC a respeito do assunto.

“Eu não tive a oportunidade de conversar com ele (Campos Neto) ainda. Tem o contexto em que ele falou, eu preciso entender melhor. De várias formas ele pode ter dito isso. Inclusive, como uma forma de manter o propósito de que os cortes continuem no passo em que estão. Então, eu vou conversar com o Roberto”, disse Haddad.

Em seguida, o ministro brincou com os repórteres: “Vocês têm que perguntar para ele o que ele falou. Eu vou perguntar”.

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